sábado, 21 de dezembro de 2013

Ao bom velhinho, com esperança

“Então é natal, e o que você fez...”
                Ah, o natal. Essa época do ano onde tudo é colorido, brilhante, amor, paz... Natal definitivamente, pra mim, é melhor do que eu aniversário, porque é o dia do ano onde todos expressam seu amor por todos. Época onde os presentes não são só pra mim, onde os abraços também não. Onde eu vejo o quanto as pessoas são especiais pra mim.
                Admito, me sinto ainda uma criança quando chega esse período do ano. Mas ao invés de bonecas, eu ganho perfumes. Ao invés de me empanturrar de panetone, como a ceia com sofisticação. Isso não é totalmente verdade, mas com o passar dos anos, muita coisa muda, em você, e no resto do mundo. A mania de panetone que eu tinha, ninguém mais alimenta, e eu não me importo em comprar. Isso não acontece só com as guloseimas natalinas. O amor que eu sempre tive pelo natal, pela ceia, pela minha família toda unida, ninguém faz questão de cultivar depois de certo tempo. E sinceramente, alimentar um amor sozinha é difícil.
                Mesmo assim, ainda me traz uma paz imensa ao ver luzes de natal coloridas piscando, árvores decoradas com bolinhas, estrelas e sinos. Definitivamente, adoraria resgatar aquela sensação que eu tinha sobre o natal, não que eu não sinta algo com isso, mas quando a gente é criança, é tudo mais intenso. Lembro das brincadeiras que ninguém faz mais, do cheirinho que as bonecas novas exalavam, das convicções que eu tinha de que aquilo tudo era mágico, e não só pra mim. Mas hoje, aliás, depois uma determinada frase que ouvi uns três anos atrás, me pus a pensar se não é egoísmo pensar tudo isso, enquanto outras pessoas pensam no natal como mais uma data comercial.
                Minha conclusão? O egoísmo é delas. Por quê? Bom, não dá pra negar que o gasto é bem maior, que dar presentes e ganha-los faz parte da essência do natal. Mas por que se prender só a isso? Por que não lembrar que tudo isso une sua família uma vez ao ano? Por que esquecer de Jesus, caso você acredite e do amor, tão ressaltado apenas uma vez por ano? Aí vem as pessoas que simplesmente não gostam de suas famílias. Azar o de vocês, com perdão pela grosseria. Minha família, por bem ou por mal, são meu único bem, meu porto seguro, minha certeza de que vale a pena estar aqui e continuar aqui. Êh, saudade.

                Então, esse ano, só tenho um pedido a fazer ao bom velhinho: amor. Não pra mim, mas para o mundo. Que todos nós possamos resgatar aquela criancinha que ainda faz pirraça dentro da gente, mas que por essa coisa de crescer a gente manda ficar quieta. Que todas as pessoas que nunca sentiram isso, possam sentir e se apaixonar por essa sensação de que tudo pode, sim, ser bom. Eu desejo que nesse tempo de facebook, alguém tenha coragem de levantar da cama e te dar um abraço apertado, um sorriso sincero. Eu desejo ao velhinho de vermelho, que o melhor presente desse natal, seja um pequeno toque de amor em seu coração.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

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Eu fiz um acordo com você, disse, confirmando sua opinião, que precisava deixar de lado minha vergonha, meus medos, meus traumas. Eu assinei esse acordo não escrito, de forma a ficar registrado em nossas mentes, selado por nossos lábios, em um beijo apaixonado. Eu fiz esse acordo, que deixou claro em suas cláusulas imaginárias e facilmente mutáveis, que eu ia te deixar me amar, e ia permitir que esse sentimento crescesse dentro de mim, da forma como está crescendo agora, e como se desenvolve a cada minuto, virando um tipo de tratado entre nós, talvez tão importante quanto os grandes que marcaram a história da humanidade.
Esse acordo, que também guarda tua letra, teu nome, nos permite ficarmos juntos, intensamente, com todos os direitos reservados a nós. Nas cláusulas ficou claro, ainda, que nós, é muito melhor que eu e você, que uma alma dividida em dois, é muito mais poético que duas almas vagando pela terra. Você gosta de poesia. E eu? Talvez eu aprenda a gostar, se for você quem as fizer, se elas me garantirem a realidade contida nesse sonho que se passa em minha mente quando meus olhos ainda estão abertos, perdidos no horizonte. Esse papel inexistente, que toda hora muda de ordem suas regras, que pode deixar de existir com um simples piscar de olhos, me deixa segura. Incrível, realmente, que algo tão simbólico, me pareça tão concreto. Esse acordo que fiz com você, selou em mim algo que até então, me era estranho.
Amor? Mas antes já escrevi palavras que deixavam subentendido que eu amava. Talvez seja a vontade de amar. Talvez tenha sido a paixão, que não conseguiu dar contar de tantas emoções novas, e pediu ajuda ao amor. Esse acordo selou em mim a saudade, a vontade, a luxúria (e por que não?), o desejo, o carinho, o medo, a segurança, a contradição... Sentimentos comuns, diários, mas todos juntos, me perturbando ao ponto de me deixar tonta. Tonta de amor. Soa um tanto quanto brega, mas pelo menos é sincero. Talvez o acordo seja brega, ele me deixa boba. A perfeita boba apaixonada, em todo seu significado.

Esse acordo, selou em mim um demônio, que pode me destruir a qualquer momento, me matar de dentro pra fora, mas eu quis arriscar e te deixar assinar no X em meu coração. Esse demônio, tenho certeza que está em todas as cláusulas e nas letras miúdas, pode me fazer feliz na mesma intensidade, pode me fazer completa. Esse demônio intitulado amor, me fez escrever meu nome no acordo que me prendeu a ti, não literalmente, ou por obrigação, mas pelo simples fato de não querer e conseguir ficar longe. Esse acordo com o demônio salvou um coração das trevas, e o fez amar novamente.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Atenciosamente, desisto


Acredito eu, na minha simples opinião, que todo tipo de repetição uma hora cansa. Pegar sempre o mesmo ônibus cansa, assistir sempre o mesmo programa cansa, fazer sexo sempre na mesma posição enjoa, escrever sempre textos tristes pra uma mesma pessoa cansa, sofrer sempre pela mesma pessoa, vish, aí que cansa mesmo. Por isso eu decidi. Sim, estou decidida a não escrever mais nenhum texto triste ou dramático para você.

                Difícil? Será. A minha forma de expressão será abafada, consequentemente meus sentimentos também serão, tirando um ou outro acesso de choro que suas palavras venham a ocasionar. Tudo bem, não serão apenas um ou outro. Serão muitos. Nosso laço não é do tipo que se desfaça assim, por querer, é uma questão de sangue. Embora eu quisesse. Já pedi o divórcio dessa relação tantas vezes, já tentei até cancelar esse contrato o qual assinei antes mesmo de aprender a empunhar uma caneta. Não me permitiram, parece que a natureza não permite.

                Costumava me imaginar quando pequena com uma família normal, com pai, mãe, nãos e talvez um bichinho de estimação que iriam me obrigar a cuidar e levar pra passear, alegando ser minha responsabilidade, embora, no fundo eles também o amassem. Ilusão, doce ilusão. Televisão demais. Malhação demais, admito. Sempre gostei de Malhação. Minha realidade, assim como a de outras muitas pessoas foi bem diferente disso. Não reclamo. Aprendi na pele a ser fria, a lidar com a raiva por não ser tudo como eu queria, a não ser tão mimada, a aceitar que, mesmo aquilo que era pra ser seu, nem sempre será. Tipo o amor dos seus pais. Ou seu pai, apenas.

                Sei que não é o fim do mundo, tem gente passando por coisa muito pior, mas meu jeito, minha visão e minha maneira de sentir me dizem que isso fez, faz e ainda fará bastante falta na minha vida. Um vazio, definindo por uma metáfora. Vazio que os anos vão cobrindo, mas nunca preenchendo. Num futuro, ele estará completamente coberto, e a chance de algo conseguir penetrar nele será nula, embora por baixo dessa casca haja ainda o oco. Um dia será tarde demais pra preencher o buraco no meu coração.

                Sabe, não te culpo por não querer me preencher, sem maldade. Talvez nem eu mesma quisesse, me conhecendo como conheço. Mas não vou dizer que já perdi algumas horas de sono me perguntando o porquê de tudo isso. Talvez você simplesmente ache que ter me dado a vida foi o suficiente, que você existir seja o bastante, e que eu saber que tem seu nome na minha certidão de nascimento seja o máximo. Bom, não é. Já ouvi falar em dor em membros fantasmas, tipo quando alguém perde a perna num acidente, mas continua sentindo dor nessa perna, mas não acredito que haja felicidade por parentes fantasmas, aqueles que constam no seu RG, mas não na sua vida. Nesse caso, a dor se encaixaria melhor.

                E agora, depois de tantos devaneios, você entende por que eu não escreverei mais pra você? Eu prometi pra mim, e talvez eu venha a quebrar essa promessa em um acesso de tristeza, mas vou me esforçar pra me manter firme. Se depois de tantos textos, tanta dor, tanto sentimento jogado numa folha, metaforicamente, você nem ao menos os leu, não será um ou dois a mais que mudarão isso, não é?!

 

Atenciosamente, aquela que se revolta por não existir divórcio entre parentes de sangue.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Devaneios de uma boba


Um dia. Ou dois, no máximo. Estava mesmo sério assim? Nem parecia uma coisa tão grande quando nossos olhares se cruzaram pela primeira vez. Parecia só... Que você era outro carinha bonito que ia passar por mim sem nenhum suspiro a mais. Fui tola? Ou simplesmente eu não poderia adivinhar? Não diria que um dia sequer nos falaríamos, mas que coisa, esse dia foi ontem. Fui fisgada? Não! Anos pra erguer muralhas e barreiras, e você acha que tem o direito de chegar e derrubar tudo com seus “eu sei”, com seus olhos que me enxergam melhor do que qualquer um já fez?

                É pra acreditar? Parece tão irreal que o tempo tenha se tornado uma unidade de medida tão inútil. Talvez ele realmente não signifique nada, ou talvez o relógio esteja ali naquele tic tac frenético pra me lembrar que não é hora ainda de me jogar de cabeça, que é cedo pra mergulhar num mar desconhecido assim. Só que... Ele parece ter rodado mais do que realmente rodou, ou eu só imaginei por achar que você já tinha tido tempo o suficiente para me desvendar, me dizer coisas que não seriam mais só pra me conquistar, mas sim, apenas verdades que fluíam por seus lábios.  Teria o relógio me enganado?

                Até minhas palavras se atraíram por você. Elas simplesmente pulavam da minha boca, como se ali fora lhes fosse mais apropriado. Traída por minhas próprias armas. Quem diria. Você como todo bom psicopata, roubou-me as palavras, e agora, os pensamentos.

                Não sei bem como lidar com o novo, principalmente, quando ele simplesmente nunca havia acontecido antes. Você sabe, sempre tem aquele novo que é velho, que já aconteceu, mas em outro tempo, com outro protagonista. Mas esse novo inédito me tira o sono. E as palavras. Palavras essas que me faltam pra terminar o texto, embora eu não ache que precise, porque esse deu-se aos dois dias, ou um, já nem sei mais, os próximos, quem sabe, venham com o resto da história. Eu não sei, na verdade, nem o que esperar, mas tenho uma proposta, descubra junto com essa boba nos próximos capítulos desse livro, meu preferido por sinal, intitulado Vida.

Playlist #5


 

What are words – Chris Medina

 

Linda é pouco pra definir essa música, além de uma letra super romântica, a história por trás dela é simplesmente... Bom, isso é amor de verdade, não sei se eu passaria pelo que ele passa/passou. Virou até toque do meu celular :)

 

“Sempre que você sussurrar meu nome, você verá

Como eu cumpro cada promessa

Porque que tipo de cara que eu iria ser

Se eu te deixasse quando você mais precisa de mim”

 

Tchau Radar, a canção – Humberto Gessinger

 

Projeto solo, e tal e coisa, mais uma da alma do Engenheiros.

 

“Se quem importa, não se importa
Tchau radar, vamos adiante

 

3 minutos -  Engenheiros do Hawaii

 

Mudando de Humberto pra Engenheiros (hahaha), confesso que mal escutei essa música, mas tive de incluí-la na playlist porque minha velhinha esclerosada (vulgo Camila Costa) me recomendou encaixando-a em um momento que estou vivendo. Funcionou, agradeço a indicação <3 o:p="">

 

“Se você me der 3 minutos
Vai entender o que eu sinto
Eu não sou santo, mas não minto (não vou mentir)
Se você me der 3 minutos

 

Begin again – Taylor Swift

 

Talvez não tenha dado pra notar que eu gosto MUITO da Taylor, mas eu gosto, só tenho meio que um certo medo de haters. Cada música dela parece que fala comigo de uma forma que ninguém mais consegue, me entende, me diz o que eu passo ou passei, narra minha história e me faz descobrir um pouco mais sobre mim mesma. Essa, quem me conhece, vai entender porque tem um significado especial assim que ler o trecho abaixo:

 

“E você joga sua cabeça para trás

Rindo feito uma criança

Eu acho estranho o fato de você me achar engraçada porque

Ele não achava”

 

Logo eu – Jorge e Mateus

 

Entrando em clima de Villa Mix, que por sinal é nesse sábado, aqui vai um sertanejinho romantiquinho fofinho, estilo preferido dessa dupla. Devo confessar que gosto mais deles por influência, e os odeio por causa dessa mesma influência (não me importaria de passar até o Fortal do ano que vem sem ouvir falar neles. Brincadeirinha hihi <3 o:p="">

 

“Eu te vi e já te quis
Me vi tão feliz
Um amor que pra mim era sonho

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

A Bela sem a Fera



Vaguei meus olhos pela janela mais uma vez. Outro suspiro. A rua estava movimentada, os carros buzinavam como loucos e a única luz que adentrava em meu cubículo, digo, apartamento, era a dos postes. Qual foi a graça mesmo de ter comprado aquele apartamento? No começo, eu o achava minúsculo, mal cabiam nossa cama de casal e o guarda-roupa para dois no quarto, mas hoje, tudo parece tão grande, tão vazio.

Quando você foi embora com apenas uma mala com suas roupas, eu me convenci que era melhor assim, nós brigávamos tanto que os vizinhos já chamaram até a polícia, três vezes, mas depois eu olhava para o, atualmente, meu apartamento e sentia que faltava algo. Fui à lojas, comprei tanta coisa pra preencher aquele vazio que mal cabia lá dentro.

Adotei até um gato. Você odeia gatos. E ainda assim, eu achava que faltava algo. Chamei meus amigos, fiz uma house party, e acabei ficando com aquele meu amigo que despertava tanto ciúme em você, quando acordei ao lado dele na manhã seguinte, foi como se um raio tivesse acertado minha cabeça. Era isso, faltava alguém ali do meu lado todos os dias pela manhã e na hora de dormir. Passei a convidar meu amigo para ir à minha casa cada vez mais frequentemente, até que, ao invés de amigo, passei a chama-lo de namorado.

Ele amava o Tito, meu gato, dava até certo ciúme de tanto carinho e mimos dedicados ao felino. O tempo passou e outro 02 de agosto chegou, no anterior você tinha ido embora, e nesse, eu comemorava oito meses de namoro, mas ainda achava que faltava algo naquele apartamento, embora o namorado estivesse praticamente morando lá.

Minha folga acabou sendo numa segunda, diferente de sempre, que era no domingo, e por coincidência, você apareceu por lá. Disse que apesar de tudo você ainda se preocupava muito comigo. Fiz café e servi com os biscoitos que, eu sabia, você ama, conversamos a tarde inteira, rimos, quase choramos relembrando o passado, você fez cara feia para o Tito e eu ri.

Parecia que tudo estava completo de novo. Mas você foi embora, e a sensação de que algo faltava voltou, porém, dessa vez não me preocupei em comprar algum outro artefato ou convidar mais alguém para minha casa. Dessa vez eu sabia que o que faltava ali era você. Terminei com o namorado naquela mesma noite.

E agora, aqui estou eu sentada na janela do (só) meu apartamento, tentando não olhar para dentro e encarar aquela sensação solitária e vazia. Tito pulou em meu colo e começou a ronronar como ele sempre faz quando nota que eu estou triste. Acariciei sua cabeça e voltei a observar a rua sem muita atenção. Eu me sentia presa num castelo, sem ter como sair, à espera do meu príncipe encantado.

Seria razoável citar a Rapunzel, mas eu sinceramente a acho uma sem sal, minha princesa favorita é a Bela. Talvez porque você costumasse dizer que éramos como eles, eu, a camponesa que não gostava de você, e você, a Fera que não sabia como conquistar a camponesa.

Depois do nosso primeiro beijo, nosso conto de fadas virou A Princesa e o Sapo, um anfíbio que com um pouco de carinho virou um príncipe, e a cada dia, eu te amava ainda mais, na verdade, ainda amo ainda mais. Só que agora, era só eu, a Bela no papel de Rapunzel, sem príncipe, sem relógio ou bule falante, com os cabelos cortados na altura dos ombros e sem Fera.

A campainha tocou e meu coração voltou a tocar junto, poderia ser meu príncipe? Abri a porta e dei de cara com minha Fera usando o terno social de todos os dias de trabalho, você devia ter ficado lá até tarde de novo, adorava fazer isso. Deixei a razão de lado e praticamente pulei em cima de você.

            O seu abraço preencheu todo o vazio que eu sentia, e ali, numa noite de quarta, com a voz fraca e o coração explodindo, deixei pra trás toda minha autoconfiança e te pedi, gaguejando, não sei se por soluços ou nervosismo, pra voltar pra mim, me tirar da torre e me devolver meu castelo.

            Com os olhos arregalados você disse que não sabia se era uma boa ideia. Eu te disse com convicção na voz, tudo o que realmente importava, eu te amo, e te perguntei se você me amava. Um sim doce e verdadeiro encheu-me de prazer, meus olhos transbordaram e um sorriso seu nasceu. Você limpou minhas lágrimas e me beijou.

            E ali estávamos nós, mais uma vez, unidos, como se nunca você tivesse ido embora, a Bela e a Fera juntas por todos os contos de fadas que estavam por vir.

domingo, 24 de novembro de 2013

Playlist #4

Playlist #4

Diga parte 2 – Fresno
Cada pelinho do meu corpo se arrepia quando essa música faz o ar vibrar. São tantos sentimentos juntos que me atingem que eu não podia deixar de compartilhar aqui. Sem mais palavras.

“Eu lembro de cerrar os punhos pra dizer
Eu não amo mais você”

Maybe I’m amazed - versão Jem

Sim, eu tenho consciência de que essa música é do Paul McCartney, mas a voz dessa cantora é bem docinha, calma, dá uma paz no espírito. Essa versão foi feita pra um seriado chamado The O.C.  e eu a conheci através da Pripriscilapri (pimentinhas entenderão), personagem de um livro da Paula Pimenta.

“Talvez eu seja uma menina e talvez eu sou uma garota
Solitária
Que está no meio de algo
Que ela não entende”

Wrecking Ball – Miley Cyrus

Particularmente, não gosto dessa nova fase rebelde da Miley, mas suas novas músicas compensam um pouco. Elas amadureceram do jeito certo, ao contrário da cantora. Essa música em especial tem uma letra bem legal, bem fácil de se identificar, sem contar que fica na cabeça.

“Eu cheguei como uma bola demolidora
Nunca tive um amor com tanta força
Tudo o que eu queria era quebrar suas paredes
Tudo que você fez foi me quebrar”

Need you now – Lady Antebellum

Letra fofa, melodia envolvente, simplesmente a combinação perfeita.

“São 1:15 da manhã
Estou um pouco bêbado
E eu preciso de você agora”

Beautiful War – Kings Of Leon

Não tenho muito a dizer sobre essa música, acabei de descobri-la e ainda não me traz lembrança ou nostalgia, mas a letra é bacana, e o ritmo é calminho, gostoso de ouvir.

“Eu disse ‘amor, não significa nada
A não ser que exista algo que valha a pena lutar’
É uma bela guerra”


quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Me deixa

Um pouco de romance pra esta tarde :D



Me deixa te esquecer? Esse é um pedido simples de um coração cansado, surrado, que procura uma saída como uma pessoa sedenta procura água no deserto.

Sai dos meus pensamentos, dos meus sonhos, já não é torturante demais ter que vê-lo todos os dias? Olhar e não ser olhada? Amar e não ser amada?

Deixa que minha mente te apague, deixa que minha memória te guarde, deixa que meus olhos não procurem mais teu nome em todos os lugares, deixa que meu coração te desabrigue.

Me deixa escrever pra outra pessoa.

Sai dos meus textos, das minhas palavras, dos meus sentimentos. Me deixa ser aquela que não sofre por amor, aquela que sorri sem dor, aquela com uma tela em branco, sem rabisco, rascunho ou arte final.

Tira teu calor da minha pele, teu gosto dos meus lábios, tua voz dos meus ouvidos.

 Me deixa reerguer minhas muralhas, congelar de novo meu coração, voltar a exalar desdém.

Sai de todos os rostos que eu vejo na rua, das músicas que vibram no ar, do perfume que passa por aqui.

Me deixa ser aquela que te esqueceu.

Playlist #3


Roar – Katy Perry

Ok, eu sei que é difícil alguém não conhecer esse novo single da Katy, mas ele tinha que entrar na minha playlist dessa semana. O toque da música é muito legal de ouvir, e a letra muito gostosa de cantar, simplesmente viciante!

“Eu tenho o olho do tigre, uma lutadora, dançando no fogo
Porque sou uma campeã e você vai me ouvir rugir
Mais alto, mais alto do que um leão”

Love Story – Taylor Swift
Qualquer Swiftie conhece essa música, foi um dos primeiros singles da Taylor e, como todas as outras músicas delas, tem uma letra muito fofa, garotas romantiquinhas adoram/adorarão... Apesar do meu jeito, no fundo eu tenho minha parte romantiquinha também u.u

“Romeu, me leve a algum lugar onde possamos ficar sozinhos
Eu estarei esperando, tudo o que faremos é correr
Você será o príncipe e eu serei a princesa
Esta é uma história de amor, querido, apenas diga sim”

If I were a boy – Glee Cast

Essa música é bem profunda, mas nessa versão, a que o Unique canta, ficou ainda mais, porque retratou o preconceito que ele sofre por ser do jeito que é (pra quem não assiste, ele é gay e se veste como mulher). E eu juro que o primeiro que zuar eu denuncio u.u
“Mas você é só um garoto
Você não entende
E você não entende, oh
Como é amar uma garota
Um dia você desejará ter sido um homem melhor”

Pra sempre teu – Soulpop

Antes de falar da música, um aviso, essas brincadeirinhas sem graça sobre minha paixão por essa banda CANSA. Eu mordo a língua pra não ser ignorante. Enfim, recado dado. Essa música fala sobre a falta que alguém faz na sua vida, enquanto esse mesmo alguém está com outra pessoa. Ela me lembra um indivíduo e sim, eu já dediquei a música pra ele. Burra, eu sei.

“Na verdade o que eu queria era tentar te esquecer,
O sentimento é mais forte, não consigo entender,
Sei que existe outra pessoa em sua vida.”

A velha a tricotar desilusões – Mafalda Morfina

Nem sei o que falar sobre essa, ouvi uma parte e gostei, embora eu já tenha presenciado um show dessa banda e não tenha me atraído muito.


Jovem e apaixonada pensou ser amada
Mas era fruto da sua imaginação
Beijou a boca que sonhara à luz da madrugada
Revelando o desejo pela contramão”

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

"Você tem uma nova mensagem"

Sorri ao sentir o celular vibrar. Desbloqueei a tela e li a mensagem. Era muito bom conversar com ele, mesmo que eu só o conhecesse há dois dias e só por mensagens. Não importava, eu estava gostando de conhece-lo. No fundo, era isso que eu precisava, conhecer outros sentimentos, outras pessoas, ou outra pessoa apenas. Mas sem dúvidas, eu precisava esquecer um certo alguém. Recebi outra mensagem que me fez rir, respondi e voltei o olhar para a tela do computador, ele estava online. Droga, nem conseguir parar de pensar nele eu consigo, como vou esquecê-lo?, indaguei a mim mesma, era complicado amar alguém. Sim, amar. Eu já admiti, e odiei, isso há um tempo. Não é legal dizer nem pra você mesma que o primeiro cara que você amou na vida, é justamente aquele que você tem certeza que nunca ficará, simplesmente porque... Bom, não tem porquê, é só minha opinião diante da nossa convivência. Por mais que seu namoro tivesse ido pelo ralo (mil pulinhos de alegria), eu sabia que seu coração não estava vazio ainda, e muito menos, um dia me guardaria ali dentro. Doía, mas eu sabia. Outra vez o celular anunciou uma mensagem. Mesmo que eu soubesse que esse sentimento não sairia de mim tão fácil, eu tentava gostar de outras pessoas, nem que fosse pra sofrer por alguém diferente, mas definitivamente era algo problemático. Mas eu me sentia bem falando com aquele cara totalmente desconhecido, que podia muito bem ser um psicopata, um velho pedófilo, ou até uma mulher louca se passando por homem. Respondi contando sobre uma cena do filme que fui ver no cinema à tarde, o que o fez rir. Coloquei o celular sobre meu peito, já que estava deitada no sofá com o notebook sobre minha barriga, e deixei que minha concentração se voltasse a história que eu lia em um site. Bonitinha, romantiquinha e bobinha, do jeitinho que eu gosto. Senti o celular vibrar cinco vezes antes de resolver checar as mensagens. Terminei o capítulo e fui ler o que ele havia me mandado. Arregalei os olhos ao constatar que apenas três mensagens eram do meu mais novo amigo-que-pode-ser-um-maníaco, as outras duas eram... Dele. Meu coração disparou e tudo que consegui pensar foi: parece que ele sente que não estou pensando nele, e resolve fazer algo para reverter essa situação. Respondi rapidamente e tentei me focar na história, ou na outra conversa, mas aquele tópico parecia atrair meus olhos como um imã. Meu coração falhava uma batida a cada resposta dele, que eram totalmente opostas ao que eu queria ler, então eu corria para a outra conversa para me refugiar. Mais ou menos uma hora depois, ambos já haviam me dado boa noite e deixaram de responder. Respirei aliviada, porém triste por não ter mais ninguém para conversar. Mas quer saber? Talvez fosse melhor assim. Talvez meu melhor refúgio fosse a solidão, onde nenhuma palavra me atingiria, me deixaria triste, ou mesmo me alegraria. Ora, a quem eu queria enganar? Minha vontade era mandar uma mensagem pra ele implorando pra que voltasse e não me deixasse sozinha. Mas de que adiantaria? Eu só estava me enganando, nas duas situações, pois manter um contato com ele, era jogar carvão no fogo que queimava meu interior chamado esperança, e, eu bem sabia, era um fogo que só ia servir pra deixar queimaduras e feridas abertas. Coloquei o celular longe de mim para evitar fazer uma besteira, e voltei a ler a história, conseguindo, por uns minutos, me teletransportar para aquele mundo que não era meu, mas que me fazia tão bem. Lógico que eu não podia fugir do mundo real pra sempre, e o barulhinho do chat fez questão de me lembrar disso quando chegou uma mensagem nova. Suspirei fundo e troquei a aba para visualizar, estranhei o nome na tela, quem era aquela pessoa? “Oi, tudo bem?”, respondi que sim e perguntei o mesmo rapidamente, curiosa para saber o que ele realmente queria. “Desculpe incomodar, é que eu tava lendo seus últimos posts no blog, são muito bons!”, sorri minimamente, ele lia as bobagens que eu escrevia? Ele gostava?! Segui madrugada a dentro conversando com aquele cara que gostava do que eu escrevia, e logo ele virou o cara que gostava de Beatles, o cara que odiava ter que sair de casa todo dia, o cara que estava me fazendo esquecer outros caras... Eu não ia dizer que, depois de uma conversa, ia esquecer tudo que estava no meu coração, jogar tudo o que eu sentia fora e colocar coisas novas lá dentro assim, de repente, mas eu podia continuar tentando, conhecendo novas pessoas, tentando descobrir novos sentimentos, até então estranhos para mim, até que um dia, deixariam de ser novos, pra ser algo que me preencherá por inteiro, todos os dias.

domingo, 10 de novembro de 2013

Desafio dos 30 livros




Hello! Tava passeando pelo feed de notícia e dei de cara com um daqueles Desafios dos NumSeiQuantosDias sobre livros! Meu gosto por livro é bem teen, e alguns não gostam muito disso, mas resolvi responder assim mesmo e postar aqui. Peguei o Desafio na página Leitores Anônimos no Facebook, por isso o crédito é inteiramente deles, mas as respostas são inteiramente minhas.
 



·         Minha vida fora de série 1

·         Amanhecer

·         Fazendo meu filme

·         Minha vida fora de série

·         Depois dos quinze

·         Foda-se o cupido

·         Saga Fallen

·         Amigos são a família que a gente escolhe – Fala sério, amiga!

·         Só as mulheres e as baratas sobreviverão

·         Depois dos quinze – Quando tudo começou a mudar

·         A última música

·         Querido diário, otário (primeiro livro que eu comprei)

·         Nora Grey – Saga Hush Hush

·         Fazendo meu Filme 4

·         Amor não tem cor

·         A série Fala sério

·         A moreninha

·         Querido John

·         A mediadora

·         Percy Jackson e o ladrão de raios

·         Confissão

·         Sussuro – Hush Hush

·         Patch Cipriano

·         Jesse (A mediadora)

·         Fazendo meu filme

·         No momento, Paula Pimenta

·         Diários do Vampiro

·         A última música

·         A cidade do sol

·         Leitores anônimos

 

Curtiu a lista? Odiou? Quer fazer uma também? Diz pra mim, e se fizer, me mandem <3 o:p="">





quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Tira a maquiagem ♪

Hoje pela manhã, depois de uma noite inteira acordada, assistindo ao programa Hoje em Dia, vejo uma matéria sobre maquiagem, onde mostra o quanto isso é imprescindível para a vida de uma mulher, o quanto de tempo médio que a maioria gasta pra se maquiar antes de sair (40 minutos), e exemplo de uma apresentadora cujo nome eu não vou citar porque eu não lembro que dorme em determinada posição só pra não estragar o make. Ok, uma mulher maquiada se sente A poderosa, A estrela, A glamorosa, as atrizes estão aí pra provar isso, tanto que quando alguma delas é clicada sem maquiagem vira matéria #bapho.
Mas e aí, escravas da beleza, o que resta quando a maquiagem é retirada? Insegurança? Sim. Baixa autoestima? Talvez. Sérios problemas com o espelho? Rum, essa você responde, e aposto que nem precisa pensar muito.
Pra ninguém me criticar ou chamar de hipócrita, vou narrar a seguir minha rotina de maquiagem:
Para sair de casa de dia um pó leve e uma traçada de lápis na parte inferior do olho tá ótimo, lindo mesmo. À noite a coisa fica mais demorada, tipo, cinco minutos: delineador (que aprendi a passar com muito custo), talvez uma sombra forte, rímel, blush e batom.
Achou simples? Eu acho complicado. Posso contar um segredo? Minha pele tá beeeeem longe de ser pele de boneca de porcelana, na verdade, muitas manhãs eu tenho vergonha de me olhar no espelho, e não me orgulho disso, mas é difícil não fazer parte do estereótipo de beleza pré-determinado. Mas mesmo assim, eu encaro o desafio, no caso, o espelho, e busco ao máximo procurar o que me agrade, e não o que me deixe triste. Apesar da minha pele ser cheia de imperfeições, eu não uso base ou corretivo. Louca? Não acho. A maquiagem, na minha opinião, deve ser usada pra realçar a beleza, e não cria-la.
Vamos falar de ironias, todas as mulheres buscam uma relação verdadeira, mesmo que nem ela saiba disso, mas como elas podem exigir verdade, se nem se deixam ser assim? Mulheres maquiadas são mais bonitas de fato, mas a naturalidade, característica tão rara hoje, e tão admirável, fica aonde?
Calma gente, guardem suas pedras pro próximo post, eu nunca diria pra uma mulher parar de usar maquiagem, até porque eu não pararia, mas eu tento dizer que de vez em quando, é bom deixar os poros respirarem e ver quem gosta de você como realmente é, nua em todos os sentidos, sem salto, sem cinta, sem escova no cabelo, sem pranchinha, sem base, corretivo ou reboco. E em primeiro lugar, você tem que se aceitar assim, sem nenhuma ajudinha externa, aceitar que você tem sua beleza sim, e ela é só sua.
Existem por aí milhões de blogs sobre beleza, milhões de tutoriais de maquiagens fantásticas, pra ter aquela aparência de capa de revista, e isso é ótimo, ficar poderosa pra sair uma vez na semana pra uma balada com aquele make que te faz andar com a confiança da Katy Pery, mas porque não existem tantos blogs assim falando sobre a beleza natural, e como devemos ressaltar isso, como por exemplo, deixando de acordar meia hora mais cedo só pra se maquiar e aproveitar aquele tempinho pra dormir um pouco mais? Quer aparência mais saudável do que uma expressão descansada e fresca?

Pra finalizar, uma dica: use maquiagem pra valorizar o que você tem de melhor, e não pra criar um personagem perfeito que por dentro, morre de medo de ser descoberta.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Arriscar e petiscar?

Resolvi dar a cara a tapa por aqui e tentar movimentar esse blog, por isso, vou propor umas coisinhas...
Que tal se uma vez por semana eu fizesse algo tipo, a playlist daquele período, ou listas como por exemplo: coisas que aprendi essa semana? Algo assim... Se esse post tiver pelo menos um comentário, eu juro que tento, e faço o melhor que eu puder pra vocês que leem, isso se alguém lê. Ah, e se por um milagre tive rum comentário aqui e eu fizer alguma das minhas ideias, por favor, comentem dizendo o que acham, se não é difícil prosseguir... (sinto que estou parecendo desesperada, mas talvez não tanto quanto realmente eu esteja)

Minhas ideias:

Playlist da semana.

Músicas variadas que fizeram parte dos meus dias, sejam novas, indicações, lembranças e tal.

Lições de vida

As lições que todos nós tiramos da nossa aventura chamada vida que deixamos passar listadas aqui semanalmente.

Livros e filmes que indico/quero ver

Não sinto que preciso explicar isso, mas vai consistir em uma lista de livros e filmes meio amorzinho em sua maioria que despertaram meu interesse ou me cativaram.


Então é isso por enquanto, se quiserem me ajudar, basta um comentário, que eu faço uma das coisas acima. Agradeço e aguardo ansiosamente a resposta *-*

Uma verdade sobre o amor

Lendo algumas atualizações no Facebook, vi uma menina comentar uma postagem dizendo que o amor verdadeiro não machuca e nem deixa a pessoa quebrar a cara. Contradizendo esse clichê que alimenta a esperança de tantas meninas que almejam o conto de fadas à la Disney, eu discordo plenamente. Certo, amor de verdade (isso deveria ser uma redundância, tipo verdade verdadeira, a verdade nunca pode ser falsa, e o amor também não), aquele que te deixa sem ar quando pensa em ficar longe e que te faz sorrir só por saber que o outro existe, não deveria machucar. Até aí tudo beleza, eu concordo, mas todos esquecem de uma coisinha: esse amor todo, essa veracidade toda, é dedicada e depositada em outra pessoa.
Eu sei, eu sei, isso é óbvio. Agora deixar eu te dizer outra coisa óbvia, que todos sabem, mas fazem questão de não lembrar: pessoa nenhuma nesse mundo, ou fora dele, é perfeita. Todas erram. TODAS. E eu já falei isso aqui, e deve ter sido mais de uma vez. Talvez a fórmula mágica pra fazer com que o amor não seja tão ruim quanto é dito, é tentar lembrar sempre que as pessoas não são perfeitas, e isso não quer dizer que elas não te amem, ou desvalorizem esse sentimento, só quer dizer que elas não têm o controle de tudo, que elas não podem fazer tudo certo sempre, como alguns querem, ou exigem.
É importante entender que ele (a) terá a necessidade de ter amigas (os), ou de simplesmente olhar pra outra pessoa bonita que passe no meio da rua, já que ninguém é feito de ferro (e pras meninas, eu sei que vocês, assim como eu, babam em um cara estilo Caio Castro [ou outro de sua preferência] que passe na rua), que um dia o celular vai descarregar e não vai ter uma tomada por perto, assim ele (a) não vai poder atender suas 817 ligações e não será culpa dele (a), que um dia ele (a) irá se atrasar, seja por um imprevisto, ou por preguiça, assim como você faz com seus amigos e com sua família de vez em quando, ou em sempre, e que isso não será o fim do mundo...

Enfim, pra encarar um amor sem se machucar, ou como eu prefiro encarar, se machucando o mínimo possível, é enfrentar a real: perfeição só em contos de fadas, onde os príncipes casam com uma menina que supostamente estava morta por anos, que eles acharam no meio da floresta e resolveram beijar. Bizarro, mas pra alguns, romântico. 

Aquela característica

Dia da crônica! Eu posso até me basear em mim mesma pra fazer alguns textos, mas os desfechos são sempre diferentes, e talvez por isso eu me considere uma pessoa meio sonhadora. Mas enfim, eu não precisava explicar isso.

Mais um ônibus passava, já era o segundo que esvaziava a parada e, embora fosse a linha que eu pegava todos os dias, eu não levantava um dedo pra correr até ele. Me chame de louca, tudo bem. Eu só queria estar ali quando ele chegasse, e não me importava de esperar pra isso. Normalmente eu ficava fazendo hora depois da escola até chegar o horário do ônibus quando eu saia mais cedo, só que naquele dia em específico, ninguém podia ficar me fazendo companhia, então fui obrigada a ir logo pra parada de ônibus. Belos amigos, humpf. Suspirei enquanto cantava baixinho a música que meus fones gritavam em meus ouvidos, até sentir alguém tirar um deles de minhas orelhas. Inevitavelmente sorri.
                -Oi, você – ele disse se sentando ao meu lado.
                -Oi, tu – respondi tirando o outro fone da orelha.
                Era sempre assim, e, vale frisar, eu não queria que fosse diferente, ou ele sempre estava ali quando eu chegava, ou eu sempre estava ali quando ele chegava, mas eu não sabia se ele me esperava como eu fazia de vez em quando. Era fácil conversar com ele, apesar de sermos como óleo e água, dois opostos. Mas não dizem que os opostos se atraem?!
                Começamos a conversar sobre futilidades, como aulas e professores. Era engraçado que, mesmo inconsciente, eu me alegrava muito quando acabava a aula, mas não só por poder ir pra casa, mas por saber também que poderia conversar com ele, já que eu ainda estava no primeiro ano, e ele, no terceiro, por isso, conversar no colégio era bem difícil. Eu só podia agradecer por ele pegar o mesmo ônibus que eu.
                -Deixa eu te fazer uma pergunta? – questionei quando o silêncio tomou conta de nós.
                -Lógico.
                -Um amigo meu me perguntou qual a característica que eu vejo em mim, que não acho em quase ninguém mais. Eu não soube responder, porque, enfim, eu me acho muito normal, então queria te perguntar se você sabe dizer...
                -Sobre mim ou sobre você?
                -Sobre mim...
                -Tá, deixa eu pensar. Mas depois diz uma sobre mim?
                Assenti, contente. Ele fez cara de pensativo por uns segundos, depois me encarou, como se tentasse me analisar por dentro. Franzi as sobrancelhas arrancando um riso dele.
                -Se continuar fazendo essa careta, vai ser difícil pensar.
                -Desculpa – pedi bufando, meio ironicamente.
                Depois de uns segundos a mais, o ônibus chegou, e nós subimos nele. Havia alguns assentos no fundo vagos, então nos sentamos lado a lado.
                -Já sei! – ele disse um pouco alto, me fazendo olhá-lo curiosa. – Você é uma pessoa neutra, que não parece ter raiva de muita coisa, ou odiar alguma coisa. Uma pessoa meio light.
                Não entendi muito bem a expressão, mas fiquei surpresa com a resposta, muita gente dizia que eu era bem irritadiça, só que eu tinha uma tese de que apenas alguns indivíduos despertavam esse meu lado, e pelo visto, ele não era um deles.
                -Sua vez.
                Demorei um pouco pra conseguir pensar em algo, mas eu sabia que não poderia levar mais tempo, minha parada era bem antes da dele, e não estava tão longe assim.
                -Você é meio imprevisível.
                Ele arqueou as sobrancelhas como se não tivesse entendido.
                -Sei lá, quando te conheci, nunca imaginei que um dia pudéssemos nos tornar... Amigos. Você não obedece ao estereótipo que representa, por isso te acho imprevisível. E isso de não obedecer ao estereótipo, é bem raro, normalmente as pessoas fazem de tudo pra não sair da linha.
                Tive de espantar as lembranças que teimavam em me mostrar momentos em que não só ele quebrava esse estereótipo, como me mostrava que eu não precisava seguir um padrão para fazê-lo se interessar por mim. Ele sorriu me tirando de meus pensamentos.
                -Tenho que ir – eu disse meio desanimada, enquanto olhava para o lado analisando onde eu estava.
                -Ok, até amanhã então.
                Dei um beijo em sua bochecha e recebi um na minha, que passou casualmente muito perto do canto da boca, e eu me amaldiçoei por não ter tido coragem de virar um pouquinho pro lado. Desci do ônibus e fui pra casa a pé. Quando cheguei, entrei em meu quarto e joguei minhas coisas pro lado, me jogando na cama em seguida. Peguei o celular que estava no bolso da minha calça e vi que tinha uma mensagem de um número desconhecido, apertei pra ver o que tinha escrito lá.
                “Outra característica que tem em você que eu não achei em mais ninguém é me fazer gostar de ti sem nem ao menos tentar. Beijo”

                Um sorrisinho nasceu em meus lábios, mal ele sabia que essa qualidade eu podia achar em outra pessoa bem próxima além de mim. Nele mesmo.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

A velha rotina

Dessa vez meu post começa sem desculpas, há! Nada dramático, nem sentimental demais :p só uma ideia que me ocorreu, e fazia tempo que eu não botava uma ideia em prática assim ^^
 


Hoje eu comecei a ler o livro De volta aos quinze (da minha linda Bruna Vieira), e de cara vi que a personagem é parecida com muitas pessoas que eu conheço, enfrentou muitas coisas que não gosta para chegar a um lugar que definitivamente não é o de seus sonhos, e que cada dia ela tem menos vontade de levantar da cama e encarar a vida. Eu poderia dizer que sou assim também, mas não consigo mentir, embora alguém possa dizer que estou mentindo. Eu já tive períodos em que não queria mesmo sair da cama, ir ao colégio era um sacrifício e eu odiava ter que estar acordada em casa, e foi aí que eu resolvi mudar. Ninguém acreditava nisso, foi quando eu decidi ir morar em São Paulo, mas eu fui, dei a cara a tapa.

            Não foi exatamente a experiência mais bem sucedida da minha vida, mas eu não diria que não deu certo, deu certo enquanto durou. Depois de lá, eu vim morar com minha irmã, e o resto de sua família. Yohanna, a intrusa. Sim, mais uma vez dei a cara a tapa. E sabe por que eu ainda estou aqui depois de 1 ano e alguns meses? Porque, enfim, eu achei um lugar em que eu me senti à vontade. Que ironia. Mas não deixa de ser verdade. Tirando uma situação ou outra que me fizeram querer virar parte dos lençóis pra nunca mais ter que sair da cama, tipo desilusões amorosas (nem precisava desse plural, foi só uma mesmo), eu sempre levantei disposta a encarar um novo dia.

            Minha faculdade ajuda, apesar de eu não ser uma aluna muito aplicada e não gostar muito de algumas aulas, eu adoro estar lá. Seja por causa dos meus amigos, ou do curso, eu gosto da ideia de estar lá todas as noites e às vezes não me pergunto se foi o destino que me levou até lá, afinal, resolvi de última hora, e de lá pra cá, muita coisa aconteceu e eu podia muito bem ter desistido e mudado de faculdade. Mas o laço emocional que eu criei lá não deixa, enfim, fazer o quê. O que quis dizer com tudo isso foi que sempre que algo me deixava deprimida, e acredite, eu já achei muita coisa assim, eu procurava uma forma de mudar, e talvez nem precisasse ser sempre de cidade, às vezes uma pequena mudança já faz diferença. Talvez o curso, talvez o trabalho, talvez até o ônibus que você pega pra chegar ao seu destino diário.

            O problema de muitas pessoas é se acomodar. Não, não é nem um pouco fácil mudar, às vezes é muito arriscado, às vezes dá errado, mas, digo como a pessoa que já mudou de casa 4 vezes, pode acabar valendo a pena. Muito a pena. Eu achei meu lugar por enquanto, o lugar onde eu não tenho minha própria cama, quem dirá meu próprio quarto, mas eu tenho minha própria identidade, onde eu gosto das pessoas e elas parecem gostar de mim, onde não é ruim ter que ficar em casa, onde não passo dias chorando como no meu aniversário de 17 anos. Falei demais, mas que seja, eu sempre faço isso. Sabe aquela expressão, deu a cara a tapa? Pois é, disponha sua face para isso, o tapa dói, arde, fica vermelho, mas passa, e quem sabe as consequências não fazem a dor valer a pena? É difícil mudar, e talvez você não vá fazer isso, mas eu quero deixar uma pergunta na sua mente: o que é mais difícil, mudar, ou continuar levando uma vida infeliz e sem ânimo? Faça sua escolha e seja feliz com ela.