Só uma opinião que tava guardada nos meus arquivos há um bom tempo que resolvi terminar e postar :)
Quando se ama de verdade, se muda
muitos conceitos. Fica-se mais flexível, se torna disposto a mudar, a tentar
agradar. Só tem um problema: quando essa mudança só beneficia uma das
partes. Eu sei que minha experiência com
relacionamentos sérios é mínima, mas na minha humilde concepção, qualquer relação
(de amizade, de amor, familiar) deveria te deixar feliz. Mas isso não acontece
com muitos casais (vamos nos focar nisso ok?!), às vezes me parece que estar
num namoro não é nada mais do que uma condição social, onde você aguenta muito
por uma coisa que vale pouco. Lógico que eu não sou ninguém pra julgar
sentimentos alheios, eu só acho que não vale a pena sofrer tanto por algo que
você estaria melhor sem, por um rótulo sem vida, sem emoção. Já vi casais que
se aturam por muito tempo além do limite apenas por preguiça, ou por
comodidade. É triste.
Mas
voltando ao assunto do começo do parágrafo anterior, há relacionamentos em que
a paixão cega tanto, que uma das partes, ou ambas, mudam radicalmente. Como por
exemplo: quem nunca teve uma amiga que começou a namorar e esqueceu da sua
existência? Eu já tive várias, algumas delas até brigaram comigo por causa do
dito cujo. Ou outro exemplo um pouco diferente: a menina começa a namorar um
cara de estilo diferente, e a paixão, aquela coisinha traiçoeira, faz a menina
mudar guarda-roupa, maquiagem, penteado, modo de falar e de agir só pra agradar
o parceiro. Me chame de sonhadora, mas namoro não é ficar com uma pessoa por
gostar dela? E esse gostar DELA inclui defeitos, estilo e o escambau aí, aliás,
nem só gostar, mas aceitar.
Bom,
uma vez tentei mudar meu jeito por determinadas pessoas, mas quando vi que
aquilo não era eu e que não era daquilo que eu precisava pra ser feliz, foi bem
mais fácil conviver comigo mesma, me permiti sentir-me confortável com minha
personalidade. É interessante como algumas pessoas preferem sentir-se mal pra
agradar outros que, sinceramente, não se preocupam muito com elas. Mas o foco,
é que em qualquer relacionamento, incluindo o eu-eu-mesmo, é muito mais saudável
quando se pode ser quem é, e não quem poderia ser.