domingo, 11 de novembro de 2012

Rotina.

Sabe aquela ideia que você tem quando vai ao banheiro, se olha no espelho, e vê o rímel borrado? Não? Nem eu, mas foi isso aí que saiu ^^'


A maquiagem estava borrada, o rímel escorria pela bochecha, as roupas estavam jogadas no chão, e a caixa de pizza em cima de uma das camas da beliche. Esse quarto não é mais só seu!, gritou a menina injuriada com a bagunça, recebendo seu silêncio em reposta. Sem se importar com o rosto molhado da outra saiu pisando duro porta a fora, "nem meu coração é mais meu, que dirá o quarto". Saiu do quarto. Trancou a porta e ligou o chuveiro. "Gelada, como seu tom de voz", jogou-se embaixo das gotículas que caiam em cascata. Passou o sabonete pelo corpo, "perfumado, como sua pele".  Pegou a toalha felpuda e acariciou o rosto com ela, "macio, como seus lábios". Trancou-se no quarto novamente. Revirou a pilha de roupas, achando a combinação perfeita. "Lindo, como seu cabelo". Saiu do quarto rumo a cozinha, sentindo o cheiro do café da manhã. A maquiagem já perfeitamente pintada no rosto, um beijo estalado, um sorriso materno. O desjejum pronto no prato. "Apetitoso, como seu corpo". Saiu de casa, avistando um cão feroz preso em uma coleira dentro de um jardim, "selvagem, como seus instintos". Chegou à escola, sentou-se na carteira e esperou. Dez minutos. Ele entrou. Fitou o sorriso, "perfeito, exatamente como ele". Esperou que lhe viesse falar, mas o momento não chegou. Aulas, números e regras. O sinal tocou. Outro olhar sem reciprocidade em sua direção. Comida, amigos, risadas, conversas, mas os olhares sempre eram pra ele. Mais aulas. Palavras, poemas e partes do corpo. Outra vez o sinal. De cabeça baixa enquanto saia, não viu quem se postou ao seu lado, só quando seu pulso fora segurado. Força, delicadeza. Um beijo. Palavras não ditas. "Eu não te esqueci, eu não te abandonei". Um sorriso. Um olhar. Um eu te amo dito no silêncio de um beijo, lágrimas transformadas em palpitações. Mãos suando frio. Incerteza, medo, receio. Mais um beijo, um abraço. Uma certeza: tudo se repetiria, e ela não queria que fosse diferente. Ela simplesmente o amava.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Sorriso.

 Não, eu não sei rimar, e depois dessa sei nem se sei escrever...
Mude seu sorriso, jogue fora esse velho e tão abatido, sorria por novas sensações, novos motivos, sorria verdadeiramente que o resto é consequência, a felicidade vem da verdade. Sorria pro vento, de um modo novo, sentindo florecer o brilho no interior e refletindo o cintilar nos lábios. Sorria sem rimas, com versos, em prosa, em poesia, de forma cantada, recitada ou simplesmente dita, sorria novamente de uma forma diferente. Esqueça o sorriso que te traz dor, tão bonito, mas mesmo assim tão nocivo, esqueça o brilho que machuca seus olhos, e sorria para o desconhecido. Descarte os sorrisos tristes, não precisa sorrir quando não for verdadeiro, não precisa fingir só pra agradar visões alheias, mas não esqueça de tentar afastar a dor com um curvar de lábios sinceros. Sorria por tudo, por nada, por amor, por felicidade, por ansieda, pra mãe, pra prima, pro pai, pro desconhecido, pro vento, por amizade... Sorria (: 

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Famoso clichê..


Anos e anos sem postar nada, (nem sei se alguém lê, mas...) venho aqui hoje por causa de um pensamento que tive enquanto estava almoçando: “acho que muita gente não conseguiria passar pelo que eu já passei”. Eu tenho certeza que você já pensou algo parecido, mas logo depois me veio à mente: mas muita gente passaria pelo que eu passei e sairia muito melhor do que eu. A questão não é ser forte ou fraco, mas todo mundo tem seus limites, suas dores, e isso varia de pessoa pra pessoa. O que não dá é pra ficar se comparando, ou pensando que fulano faria isso melhor, agiria diferente em tal situação. Sendo curta e grossa, se toca, você não é o fulano, você é você, e quem pode mudar isso? Eu passei um tempo da minha vida querendo ser quem eu não era na frente de pessoas que sinceramente não em importavam muito, mas disseram que eu não conseguia ser que nem elas, o que foi o desafio que me motivou a querer mudar. Não deu certo. Eu descobri que quero ser eu mesma, enfrentar tudo do meu jeito, e ir até onde eu posso, porque o resto machuca e cansa muito.
P.S.: é um post curto, mas serviu pra dizer o que eu queria. Beijo beijo e até a próxima!

sábado, 28 de abril de 2012

Menina apaixonada.


Eu nunca vou deixar de ser aquela garotinha que suspira apaixonada e sorri pra vida, sem realmente ter um por quê. Eu não vou perder a inocência daquela menininha que brinca de boneca e esquece os problemas, ou a perspicácia da criança que erra, mas aprende a não fazer de novo com medo de se machucar. O brilho de sinceridade no olhar, eu ainda quero ter mesmo aos cem anos, a voz sem maldade, o coração sem crueldade, eu quero ser aquela eterna menininha que trata uma boneca como filha, um urso de pelúcia como bicho e uma pessoa como igual. Eu quero ser aquela eterna menininha apaixonada, que fica aos pulos pelo menor gesto, que fica feliz sem muito, que fica triste quando quem ela gosta está triste. A eterna garota que mora em mim nunca vai morrer, sempre vou tentar traze-la à tona, pois quem pode me fazer mais feliz do que uma criança? Eu quero ser aquela garotinha que não se preocupa com o que pensam, ela só quer tentar ser feliz mesmo entre erros e acertos. Eu quero ser aquela garotinha que entre suspiros imagina uma história de amor com o cara que ela gosta, que sonha acordada e não se permite viver pesadelos. Eu quero ser sempre aquela garotinha que vive plenamente, que vê com o coração e que nunca abandona um sonho. Eu quero ser sempre aquela garotinha apaixonada pela vida.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Ser diferente tá na moda.


Ser diferente tá na moda.
Você já parou pra pensar em tudo que está na moda hoje em dia? Calma, não vou criticar nada, mas você já pensou que o problema não é a “modinha”, e sim a pressão que você sofre pra gostar, ou odiar, ela? Não há nenhum problema em uma coisa estar na moda e conquistar milhares de fãs, afinal todo mundo merece seus quinze, ou mais, minutos de fama, onde é aproveitada toda a glória que o sucesso pode trazer. O fato de as coisas que estão na moda terem um estilo diferente, desperta uma vontade súbita no público de também ser diferente. Não que seja errado se espelhar numa coisa que você ache legal, mas sentir vontade de ser diferente só porque todo mundo é, além de ser irônico, é meio esquisito. Antes que eu seja criticada, o que eu quero defender é o direito de ser diferente, mas não o diferente que todo mundo é, e sim, o original mesmo, porém, 99%das vezes isso acaba virando motivo de chacota. Por exemplo, há alguns anos, ser fã de Rebelde era quase que mania, difícil era ver um adolescente que não gostasse, mas hoje em dia, pode ser motivo de piada estar ouvindo uma música da ex-banda mexicana, ou simplesmente gostar dela, isso tudo por que não é mais a sensação do momento. Isso é meio idiota, se você parar pra pensar por dois segundos, afinal, não é possível que seu gosto se altere de acordo com a mídia. Voltando ao assunto ser diferente, vejamos outro exemplo: agora que o mundo está ficando menos colorido, é muito difícil ver alguém no meio da rua usando alguma peça arrasa quarteirão, e nem venha me dizer que é porque ninguém gosta, ou é feio, por que no ápice dessa moda, tudo ficou literalmente colorido. A questão que quero ressaltar é que não é porque ser diferente tá na moda que você tem que ser, você só tem que ter seu estilo, se tá na moda e você gosta, beleza, mas não precisa gostar, ou odiar, só porque tudo mundo gosta/odeia, esse é o direito que eu quero dizer, o de ser diferente da maioria. Se você é fã de Rebelde, quem liga pro que os outros vão dizer? Quem escuta é você, e não eles. Mande o mundo ir catar coquinhos se te criticarem por algo que te faz feliz, afinal, ninguém mais no mundo pode ser feliz por você, então por que se preocupar com a opinião alheia?