quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Tira a maquiagem ♪

Hoje pela manhã, depois de uma noite inteira acordada, assistindo ao programa Hoje em Dia, vejo uma matéria sobre maquiagem, onde mostra o quanto isso é imprescindível para a vida de uma mulher, o quanto de tempo médio que a maioria gasta pra se maquiar antes de sair (40 minutos), e exemplo de uma apresentadora cujo nome eu não vou citar porque eu não lembro que dorme em determinada posição só pra não estragar o make. Ok, uma mulher maquiada se sente A poderosa, A estrela, A glamorosa, as atrizes estão aí pra provar isso, tanto que quando alguma delas é clicada sem maquiagem vira matéria #bapho.
Mas e aí, escravas da beleza, o que resta quando a maquiagem é retirada? Insegurança? Sim. Baixa autoestima? Talvez. Sérios problemas com o espelho? Rum, essa você responde, e aposto que nem precisa pensar muito.
Pra ninguém me criticar ou chamar de hipócrita, vou narrar a seguir minha rotina de maquiagem:
Para sair de casa de dia um pó leve e uma traçada de lápis na parte inferior do olho tá ótimo, lindo mesmo. À noite a coisa fica mais demorada, tipo, cinco minutos: delineador (que aprendi a passar com muito custo), talvez uma sombra forte, rímel, blush e batom.
Achou simples? Eu acho complicado. Posso contar um segredo? Minha pele tá beeeeem longe de ser pele de boneca de porcelana, na verdade, muitas manhãs eu tenho vergonha de me olhar no espelho, e não me orgulho disso, mas é difícil não fazer parte do estereótipo de beleza pré-determinado. Mas mesmo assim, eu encaro o desafio, no caso, o espelho, e busco ao máximo procurar o que me agrade, e não o que me deixe triste. Apesar da minha pele ser cheia de imperfeições, eu não uso base ou corretivo. Louca? Não acho. A maquiagem, na minha opinião, deve ser usada pra realçar a beleza, e não cria-la.
Vamos falar de ironias, todas as mulheres buscam uma relação verdadeira, mesmo que nem ela saiba disso, mas como elas podem exigir verdade, se nem se deixam ser assim? Mulheres maquiadas são mais bonitas de fato, mas a naturalidade, característica tão rara hoje, e tão admirável, fica aonde?
Calma gente, guardem suas pedras pro próximo post, eu nunca diria pra uma mulher parar de usar maquiagem, até porque eu não pararia, mas eu tento dizer que de vez em quando, é bom deixar os poros respirarem e ver quem gosta de você como realmente é, nua em todos os sentidos, sem salto, sem cinta, sem escova no cabelo, sem pranchinha, sem base, corretivo ou reboco. E em primeiro lugar, você tem que se aceitar assim, sem nenhuma ajudinha externa, aceitar que você tem sua beleza sim, e ela é só sua.
Existem por aí milhões de blogs sobre beleza, milhões de tutoriais de maquiagens fantásticas, pra ter aquela aparência de capa de revista, e isso é ótimo, ficar poderosa pra sair uma vez na semana pra uma balada com aquele make que te faz andar com a confiança da Katy Pery, mas porque não existem tantos blogs assim falando sobre a beleza natural, e como devemos ressaltar isso, como por exemplo, deixando de acordar meia hora mais cedo só pra se maquiar e aproveitar aquele tempinho pra dormir um pouco mais? Quer aparência mais saudável do que uma expressão descansada e fresca?

Pra finalizar, uma dica: use maquiagem pra valorizar o que você tem de melhor, e não pra criar um personagem perfeito que por dentro, morre de medo de ser descoberta.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Arriscar e petiscar?

Resolvi dar a cara a tapa por aqui e tentar movimentar esse blog, por isso, vou propor umas coisinhas...
Que tal se uma vez por semana eu fizesse algo tipo, a playlist daquele período, ou listas como por exemplo: coisas que aprendi essa semana? Algo assim... Se esse post tiver pelo menos um comentário, eu juro que tento, e faço o melhor que eu puder pra vocês que leem, isso se alguém lê. Ah, e se por um milagre tive rum comentário aqui e eu fizer alguma das minhas ideias, por favor, comentem dizendo o que acham, se não é difícil prosseguir... (sinto que estou parecendo desesperada, mas talvez não tanto quanto realmente eu esteja)

Minhas ideias:

Playlist da semana.

Músicas variadas que fizeram parte dos meus dias, sejam novas, indicações, lembranças e tal.

Lições de vida

As lições que todos nós tiramos da nossa aventura chamada vida que deixamos passar listadas aqui semanalmente.

Livros e filmes que indico/quero ver

Não sinto que preciso explicar isso, mas vai consistir em uma lista de livros e filmes meio amorzinho em sua maioria que despertaram meu interesse ou me cativaram.


Então é isso por enquanto, se quiserem me ajudar, basta um comentário, que eu faço uma das coisas acima. Agradeço e aguardo ansiosamente a resposta *-*

Uma verdade sobre o amor

Lendo algumas atualizações no Facebook, vi uma menina comentar uma postagem dizendo que o amor verdadeiro não machuca e nem deixa a pessoa quebrar a cara. Contradizendo esse clichê que alimenta a esperança de tantas meninas que almejam o conto de fadas à la Disney, eu discordo plenamente. Certo, amor de verdade (isso deveria ser uma redundância, tipo verdade verdadeira, a verdade nunca pode ser falsa, e o amor também não), aquele que te deixa sem ar quando pensa em ficar longe e que te faz sorrir só por saber que o outro existe, não deveria machucar. Até aí tudo beleza, eu concordo, mas todos esquecem de uma coisinha: esse amor todo, essa veracidade toda, é dedicada e depositada em outra pessoa.
Eu sei, eu sei, isso é óbvio. Agora deixar eu te dizer outra coisa óbvia, que todos sabem, mas fazem questão de não lembrar: pessoa nenhuma nesse mundo, ou fora dele, é perfeita. Todas erram. TODAS. E eu já falei isso aqui, e deve ter sido mais de uma vez. Talvez a fórmula mágica pra fazer com que o amor não seja tão ruim quanto é dito, é tentar lembrar sempre que as pessoas não são perfeitas, e isso não quer dizer que elas não te amem, ou desvalorizem esse sentimento, só quer dizer que elas não têm o controle de tudo, que elas não podem fazer tudo certo sempre, como alguns querem, ou exigem.
É importante entender que ele (a) terá a necessidade de ter amigas (os), ou de simplesmente olhar pra outra pessoa bonita que passe no meio da rua, já que ninguém é feito de ferro (e pras meninas, eu sei que vocês, assim como eu, babam em um cara estilo Caio Castro [ou outro de sua preferência] que passe na rua), que um dia o celular vai descarregar e não vai ter uma tomada por perto, assim ele (a) não vai poder atender suas 817 ligações e não será culpa dele (a), que um dia ele (a) irá se atrasar, seja por um imprevisto, ou por preguiça, assim como você faz com seus amigos e com sua família de vez em quando, ou em sempre, e que isso não será o fim do mundo...

Enfim, pra encarar um amor sem se machucar, ou como eu prefiro encarar, se machucando o mínimo possível, é enfrentar a real: perfeição só em contos de fadas, onde os príncipes casam com uma menina que supostamente estava morta por anos, que eles acharam no meio da floresta e resolveram beijar. Bizarro, mas pra alguns, romântico. 

Aquela característica

Dia da crônica! Eu posso até me basear em mim mesma pra fazer alguns textos, mas os desfechos são sempre diferentes, e talvez por isso eu me considere uma pessoa meio sonhadora. Mas enfim, eu não precisava explicar isso.

Mais um ônibus passava, já era o segundo que esvaziava a parada e, embora fosse a linha que eu pegava todos os dias, eu não levantava um dedo pra correr até ele. Me chame de louca, tudo bem. Eu só queria estar ali quando ele chegasse, e não me importava de esperar pra isso. Normalmente eu ficava fazendo hora depois da escola até chegar o horário do ônibus quando eu saia mais cedo, só que naquele dia em específico, ninguém podia ficar me fazendo companhia, então fui obrigada a ir logo pra parada de ônibus. Belos amigos, humpf. Suspirei enquanto cantava baixinho a música que meus fones gritavam em meus ouvidos, até sentir alguém tirar um deles de minhas orelhas. Inevitavelmente sorri.
                -Oi, você – ele disse se sentando ao meu lado.
                -Oi, tu – respondi tirando o outro fone da orelha.
                Era sempre assim, e, vale frisar, eu não queria que fosse diferente, ou ele sempre estava ali quando eu chegava, ou eu sempre estava ali quando ele chegava, mas eu não sabia se ele me esperava como eu fazia de vez em quando. Era fácil conversar com ele, apesar de sermos como óleo e água, dois opostos. Mas não dizem que os opostos se atraem?!
                Começamos a conversar sobre futilidades, como aulas e professores. Era engraçado que, mesmo inconsciente, eu me alegrava muito quando acabava a aula, mas não só por poder ir pra casa, mas por saber também que poderia conversar com ele, já que eu ainda estava no primeiro ano, e ele, no terceiro, por isso, conversar no colégio era bem difícil. Eu só podia agradecer por ele pegar o mesmo ônibus que eu.
                -Deixa eu te fazer uma pergunta? – questionei quando o silêncio tomou conta de nós.
                -Lógico.
                -Um amigo meu me perguntou qual a característica que eu vejo em mim, que não acho em quase ninguém mais. Eu não soube responder, porque, enfim, eu me acho muito normal, então queria te perguntar se você sabe dizer...
                -Sobre mim ou sobre você?
                -Sobre mim...
                -Tá, deixa eu pensar. Mas depois diz uma sobre mim?
                Assenti, contente. Ele fez cara de pensativo por uns segundos, depois me encarou, como se tentasse me analisar por dentro. Franzi as sobrancelhas arrancando um riso dele.
                -Se continuar fazendo essa careta, vai ser difícil pensar.
                -Desculpa – pedi bufando, meio ironicamente.
                Depois de uns segundos a mais, o ônibus chegou, e nós subimos nele. Havia alguns assentos no fundo vagos, então nos sentamos lado a lado.
                -Já sei! – ele disse um pouco alto, me fazendo olhá-lo curiosa. – Você é uma pessoa neutra, que não parece ter raiva de muita coisa, ou odiar alguma coisa. Uma pessoa meio light.
                Não entendi muito bem a expressão, mas fiquei surpresa com a resposta, muita gente dizia que eu era bem irritadiça, só que eu tinha uma tese de que apenas alguns indivíduos despertavam esse meu lado, e pelo visto, ele não era um deles.
                -Sua vez.
                Demorei um pouco pra conseguir pensar em algo, mas eu sabia que não poderia levar mais tempo, minha parada era bem antes da dele, e não estava tão longe assim.
                -Você é meio imprevisível.
                Ele arqueou as sobrancelhas como se não tivesse entendido.
                -Sei lá, quando te conheci, nunca imaginei que um dia pudéssemos nos tornar... Amigos. Você não obedece ao estereótipo que representa, por isso te acho imprevisível. E isso de não obedecer ao estereótipo, é bem raro, normalmente as pessoas fazem de tudo pra não sair da linha.
                Tive de espantar as lembranças que teimavam em me mostrar momentos em que não só ele quebrava esse estereótipo, como me mostrava que eu não precisava seguir um padrão para fazê-lo se interessar por mim. Ele sorriu me tirando de meus pensamentos.
                -Tenho que ir – eu disse meio desanimada, enquanto olhava para o lado analisando onde eu estava.
                -Ok, até amanhã então.
                Dei um beijo em sua bochecha e recebi um na minha, que passou casualmente muito perto do canto da boca, e eu me amaldiçoei por não ter tido coragem de virar um pouquinho pro lado. Desci do ônibus e fui pra casa a pé. Quando cheguei, entrei em meu quarto e joguei minhas coisas pro lado, me jogando na cama em seguida. Peguei o celular que estava no bolso da minha calça e vi que tinha uma mensagem de um número desconhecido, apertei pra ver o que tinha escrito lá.
                “Outra característica que tem em você que eu não achei em mais ninguém é me fazer gostar de ti sem nem ao menos tentar. Beijo”

                Um sorrisinho nasceu em meus lábios, mal ele sabia que essa qualidade eu podia achar em outra pessoa bem próxima além de mim. Nele mesmo.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

A velha rotina

Dessa vez meu post começa sem desculpas, há! Nada dramático, nem sentimental demais :p só uma ideia que me ocorreu, e fazia tempo que eu não botava uma ideia em prática assim ^^
 


Hoje eu comecei a ler o livro De volta aos quinze (da minha linda Bruna Vieira), e de cara vi que a personagem é parecida com muitas pessoas que eu conheço, enfrentou muitas coisas que não gosta para chegar a um lugar que definitivamente não é o de seus sonhos, e que cada dia ela tem menos vontade de levantar da cama e encarar a vida. Eu poderia dizer que sou assim também, mas não consigo mentir, embora alguém possa dizer que estou mentindo. Eu já tive períodos em que não queria mesmo sair da cama, ir ao colégio era um sacrifício e eu odiava ter que estar acordada em casa, e foi aí que eu resolvi mudar. Ninguém acreditava nisso, foi quando eu decidi ir morar em São Paulo, mas eu fui, dei a cara a tapa.

            Não foi exatamente a experiência mais bem sucedida da minha vida, mas eu não diria que não deu certo, deu certo enquanto durou. Depois de lá, eu vim morar com minha irmã, e o resto de sua família. Yohanna, a intrusa. Sim, mais uma vez dei a cara a tapa. E sabe por que eu ainda estou aqui depois de 1 ano e alguns meses? Porque, enfim, eu achei um lugar em que eu me senti à vontade. Que ironia. Mas não deixa de ser verdade. Tirando uma situação ou outra que me fizeram querer virar parte dos lençóis pra nunca mais ter que sair da cama, tipo desilusões amorosas (nem precisava desse plural, foi só uma mesmo), eu sempre levantei disposta a encarar um novo dia.

            Minha faculdade ajuda, apesar de eu não ser uma aluna muito aplicada e não gostar muito de algumas aulas, eu adoro estar lá. Seja por causa dos meus amigos, ou do curso, eu gosto da ideia de estar lá todas as noites e às vezes não me pergunto se foi o destino que me levou até lá, afinal, resolvi de última hora, e de lá pra cá, muita coisa aconteceu e eu podia muito bem ter desistido e mudado de faculdade. Mas o laço emocional que eu criei lá não deixa, enfim, fazer o quê. O que quis dizer com tudo isso foi que sempre que algo me deixava deprimida, e acredite, eu já achei muita coisa assim, eu procurava uma forma de mudar, e talvez nem precisasse ser sempre de cidade, às vezes uma pequena mudança já faz diferença. Talvez o curso, talvez o trabalho, talvez até o ônibus que você pega pra chegar ao seu destino diário.

            O problema de muitas pessoas é se acomodar. Não, não é nem um pouco fácil mudar, às vezes é muito arriscado, às vezes dá errado, mas, digo como a pessoa que já mudou de casa 4 vezes, pode acabar valendo a pena. Muito a pena. Eu achei meu lugar por enquanto, o lugar onde eu não tenho minha própria cama, quem dirá meu próprio quarto, mas eu tenho minha própria identidade, onde eu gosto das pessoas e elas parecem gostar de mim, onde não é ruim ter que ficar em casa, onde não passo dias chorando como no meu aniversário de 17 anos. Falei demais, mas que seja, eu sempre faço isso. Sabe aquela expressão, deu a cara a tapa? Pois é, disponha sua face para isso, o tapa dói, arde, fica vermelho, mas passa, e quem sabe as consequências não fazem a dor valer a pena? É difícil mudar, e talvez você não vá fazer isso, mas eu quero deixar uma pergunta na sua mente: o que é mais difícil, mudar, ou continuar levando uma vida infeliz e sem ânimo? Faça sua escolha e seja feliz com ela.