“O maior poeta que existe é o cérebro, pois ele consegue transformar sentimentos em palavras.”
A solidão nas quatro estações.
O vento de outono chega a mim como uma rajada de inverno. O frio cortante me envolve, você não está aqui para me aquecer, meus olhos giram em sua busca, em vão. O calor do verão não chega ao gelo que está oculto na sua ausência, ele não derrete. O perfume das flores primaveris não atravessa a escuridão que me envolve. Onde está sua luz? Onde está seu calor? O inverno gélido não se compara ao frio que sinto. Frio. Só isso. Um frio escuro, negro, que me cega, me paralisa. O calor das estações foi esquecido, o aconchego das estações desapareceu, nada é real na solidão onde me encontro. Meu sol, meu calor, minha luz, tudo se foi. Meus olhos estão fechados, algo os força a permanecer assim, meus ouvidos não captam sons sutis, eles ainda te esperam para voltarem a serem o que eram. Meu corpo já não sente as quatro estações, apenas o gelo anormal no qual estou envolto. A mágica sumiu, a beleza murchou, o perfume sessou, nada mais existe, somente você e você não está aqui. A magia das quatro estações foi esquecida.