“Oi amor meu! Hoje é um dia excepcional, tô feliz como uma
borboleta a voar sobre rosas. Minha vó que diz isso, acho uma expressão
bonitinha, gosto de rosas, e de borboletas! Mas isso não vem ao caso. Hoje o
Kauã sentou de novo ao lado da menina mais linda e cobiçada da escola. Não, não
foi da Alice. Para de rir, na minha cabeça eu sou a menina mais linda e
cobiçada... Da minha cabeça. Enfim, a
gente passou mais essa aula conversando e acabei contando sem querer sobre o
encontro de ontem. Mentira, foi a primeira coisa que eu disse assim que ele
chegou, sem nem bom dia. Ele me passou um bilhetinho com uma vaca morta
mandando beijo desenhada, fazendo piada sobre meu encontro com o não-amor da
minha vida. Hilário! Guardei o bilhete na minha caixa de recordações. Na hora
do intervalo, que sempre será recreio pra mim, Mara e outra amiga, Léia, vieram
até mim perguntando se o motivo pra eu não querer mais sair com o SG (Sérgio
Gostoso), é mesmo o que narrei ontem a noite, ou por que eu tenho uma paixão
enorme e avassaladora pelo Kauã. Só ri das duas. Só que as palhaças entenderam
meu riso como nervoso ao invés de debochado, e tiraram a conclusão de que eu
estava mesmo sentindo uma paixão enorme e avassaladora por ele, e nada do que
eu disse mudou isso. Vadias. Depois de voltar pra aula, a Kelly (eu lavei a
alma ouvindo o bom português falado corretamente) passou um trabalho em duplas,
e a primeira pessoa que aproximou a cadeira de mim foi... O Kauã. Nem a Mara
conseguiu ser mais rápida. Nem o Leandro, que costuma fazer todos os trabalhos
comigo, é meio que uma rotina, foi tão rápido. Me assustei, mas não reclamei,
não mesmo! Fiquei até sem palavras pra expressar minha reação ao vê-lo ao meu
lado. Ficou decidido que nosso trabalho seria sobre algumas estruturas de
redação, tipo, texto dissertativo, narração (amei!), fábula, etc... Combinamos
de nos encontrar aqui em casa amanhã de tarde, depois do almoço, quando minha
querida mãe vai estar no trabalho. E sem segundas intenções. Tá bom, talvez 1,5
de intenção. Ah, pro meu desgosto o Sérgio veio falar comigo hoje, perguntando
quem era esse tal de príncipe Harry, palavras dele: o que ele tem melhor que
eu? Mim diz. Preciso dizer que o coração doeu nesse mim descabido? Fiquei sem
palavras diante do questionário maluco e sem o mínimo conhecimento de nada. Apenas dei as costas a ele e saí tentando
acreditar em suas perguntas, até me beliscando pra saber se não era uma péssima
ilusão. Mas SA (Sérgio Anta) fez questão de me provar que seria bem melhor
estar presa em um pesadelo quando colou seus lábios nos meus, me fazendo sentir
aquele gostinho de... Acredite, não encontrei uma descrição apropriada, tava
bem pior que antes. Tentei empurrá-lo, mas não consegui, o cara devia ter mais
músculos no dedo mindinho do que eu no corpo. E de repente, não mais que de
repente, surge num cavalo branco (okay, menos), meu príncipe de olhos azuis que
são negros e me tirou das garras daquele bueiro ambulante. Iniciou-se uma
pequena briga que logo acabou por causa do inspetor, e aquela cena de dois
garotos brigando por mim me deixou sem palavras pela terceira vez naquele diz.
Quando cheguei em casa, meu telefone tocou umas quinhentas vezes, Mara, Léia,
Leandro, Théo, Márcia... Todos querendo saber que briga tinha sido aquela.
Contei por cima, mas nenhum deles se convenceu e fez aquele draminha básico de
você-não-confia-em-mim-vou-cortar-os-pulsos, o que eu ignorei e desliguei o
telefone em seguida. Agora estou deitada imaginando como será minha tarde
amanhã, se o Kauã beija bem, qual o gosto de seus lábios, como será tocar sua
pele macia... E não sou apaixonada por ele, só tenho uma quedinha. Bem, já tá tarde,
vou dormir. Xoxo.”
Seria eu apenas uma boba? Uma boba que tem paixão pela vida, sem saber como lidar com ela, paixão pelas pessoas, sem saber direito como cativá-las, paixão pelo mundo, mesmo sem compreendê-lo, paixão pelos mistérios, mesmo buscando sempre a explicação, paixão por sentimentos, mesmo sem saber senti-los de forma adequada, apaixonada por palavras, mesmo nem sempre sabendo usá-las...
quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
2- Diário de uma garota azarada.
“Hey! Tô traumatizada, sério,
precisando urgentemente das aulas de português da Kelly pra compensar as
asneiras que escutei hoje, no maravilhoso encontro com Sérgio, o anta (sim,
descobri o nome dele). Vamos começar do começo: ele veio me buscar em casa com
o carro da mãe, fofo até, trouxe um Lírio pra mim, desceu do carro,
cumprimentou minha mãe e até abriu a porta do carro pra mim (57 vivas pra ele).
Até aí tudo lindo, pensei que a noite realmente podia ser boa. Tola ingênua.
Deus não dá um menino bonito, culto e educado pra uma pessoa só, principalmente
se ela for eu. Sérgio escolheu um filme bem água com açúcar, do tipo que dá enjoo
só no enredo, mas não reclamei, ele tava tentando me agradar. Aliás, é um erro
pensar que garotas gostam apenas de filmes melosos que deixam minha diabete atacada,
elas também gostam de sangue e membros voando (Nota da autora: só não sou eu
essa garota, mas tudo bem). Durante o filme, ele pegou na minha mão, olhou em
meus olhos e se aproximou lentamente. De repente eu entendi como devia ser
beijar um bueiro ou algo do gênero. Bafo de onça, uma onça morta que rolou em
óleo de sardinha e ficou secando ao sol dentro de uma fossa por uma semana. E
quem dera isso fosse hipérbole. Tentei ao máximo ficar longe daquela zona
tóxica, e aproveitar o resto do filme (embora minha mente estivesse na minha linda
escova de dente dentro do banheiro). Depois do filme, fomos comer algo no
McDonald’s, mas antes fiz questão de passar numa bomboniere e comprar uma pastilha de hortelã, se bem que
nem um pé de hortelã com raiz e tudo daria jeito, e oferecer gentil e
discretamente para ele, que recusou. Panaca. Durante o lanche, eu tive a leve
impressão de que aquele hambúrguer me falaria menos babaquice do que aquele a
minha frente. Tanquinho nenhum valia o “nós vai”, entre tantos outros, que eu
ouvi em meio aos seus planos pro próximo encontro. E a pérola da noite nem foi
essa, foi ouvir que Isaac Newton, físico brilhante, é um grande rei. Do skate.
Como alguém consegue pensar isso? Sério, nem com todo o esforço do mundo eu
conseguiria fazer isso com o pobre do Newton. Depois dessa me vi obrigada a
pagar a conta e pedir educadamente pra ele me levar pra casa. Antes de eu
descer do carro, ainda tive o desprazer de sentir aquele aroma de animal em
putrefação sussurrar pertinho de mim que aquele tinha sido o melhor encontro da
vida dele e que queria repetir. Desculpa fofito, mas se eu quisesse sentir esse
cheiro constantemente trabalharia limpando o esgoto da cidade, ou juntando lixo
hospitalar. Dei qualquer desculpa e saí do carro fugindo de mais um beijo
tóxico. Assim que deitei em minha cama, depois de escovar os dentes 70 vezes e
gastar um litro de enxaguante bucal, liguei para Mara e implorei que ela
dissesse pro Sérgio que nunca mais, NUNCA, me procurasse na vida. O engraçado
foi que ela perguntou que desculpa daria e ficou chateada quando eu disse pra
falar pra ele que eu estava noiva do príncipe Harry. Não sei porquê, burro do
jeito que era, seria capaz de acreditar e ainda me mandar um presente de casamento.
Com a cabeça deitada no travesseiro, temo pela minha sanidade mental, já
imaginou eu sonhar com aquela boca? Daria um filme de terror, Viagem ao centro
da nojeira, ou Fedor – o apocalipse começa na falta de pasta de dente. E agora tô pensando seriamente em ligar pro
Kauã, nem sei pra quê, acho que só pra ouvir sua voz rouca de quem acaba de
acordar e provavelmente muito irritada, de quem tem o sono interrompido. Vou descartar
essa ideia por enquanto, já tive emoções (ruins) de mais por um dia. Acho que
vou dormir pra esquecer esse encontro. Adeus, ouvinte (lógico que você ouve o
que eu escrevo né, quem nunca? ¬¬ Tenho que rever meus conceitos sobre antice e
ver se não me enquadro neles), xoxo.”
Diário de uma garota normal.
Tive essa ideia lendo umas Fanfics, isso é meio que uma, enfim, gosto de faezr coisas assim :p espero que gostem e por favor, leiam!
“Hey! Você por aqui, que maravilha! Te
comprei essa semana porque cansei dos meus amigos me chamando de dramática e tal’s,
então resolvi fazer um diário. É, você é meu diário. Nos próximos cinco
capítulos você vai entender um pouco da minha história, e o porquê desse título
pra minha pra ela, espero que se divirta. So, here we go!”
“Boa noite Didi, quando cheguei à
escola hoje e te mostrei pra Mara, minha amiga mais próxima, ela me olhou com
aquela cara de: você tem menos de cinco anos. Mas eu ignorei essa parte. O Kauã
sentou ao meu lado hoje, ele é um fofo, pena que pra ele eu tô na eterna
friendzone. Coisa chata. A gente passou a maior parte da aula conversando, e o
Lúcio de vez em quando pedia silêncio com um olhar fulminante em nossa direção,
não sei exatamente porque, o resto da sala parecia feira livre, acho que até
ouvi alguém gritando que o quilo da maça tava de três reais. Enfim, não gosto
de maça. Na hora do recreio, aquele sem noção lindo do segundo ano veio falar
com a Mara sobre algo que envolvia alguma coisa sobre alguém. Deu pra perceber
que não prestei muita atenção ao que ele disse? Ele é lindo, mas mó galinha, mó
convencido, não me atrai nem um pouquinho, em vez dele, prestei atenção na tia
da cantina, ela mudou a redinha do cabelo por uma rosa choque. Bizarro. Depois
que o sem noção se foi, Mara me contou que ele tava querendo ficar com uma
amiga dela. Eca! E o pior, meu caro, essa amiga era eu! Dá pra acreditar?
Primeiro: não sou dessas estilo líder de torcida pra atrair esse gato, segundo:
uma maça tem mais bom-senso e inteligência. Nossa, como eu falei de maça hoje!
Neguei até minhas forças se esgotarem e ela me convencer a sair com ele pelo
cansaço. Saco. Agora tenho um encontro marcado com o
mala-sem-alça-porém-gatíssimo-do-segundo-ano. O que a gente não faz pelas
amigas. Ah, hoje a noite o Kauã me ligou e eu contei sobre isso do carinha lá
do segundo ano (sério que eu não sei o nome dele?), ele ficou meio irritado,
meio não-sei-aonde-colocar-as-mãos, meio incomodado, e me deu uma desculpa
muito esfarrapada e desligou na minha cara. Homens, hunpf, depois falam que nós
mulheres somos complicadas. Ah, de novo!, aquela metidinha da Alice também o
chamou pra sair. O Kauã, não o menino sem nome. Fiquei, bem, digamos, incomodada
com isso, mas nada de mais, só um pouco como: COMO-É-SUA-VADIA-DE-BEIRA-DE-ESTRADA?
Viu? Normal. Contei pra Mara agora a pouco sobre o telefonema dele e ela falou
que ele tinha ficado com ciúmes, e isso era óbvio. Só não pra mim, porque,
hello-ou, friendzone! Tive de admitir a pequena quedinha que tenho pelo Kauã
pra Mara, ela quase me ameaça com uma faca, super persuasiva. Enfim, essa é
mais uma daquelas histórias que eu sei, você sabe, nós sabemos, não vai dar em
nada, assim como tudo na minha vida amorosa. Sábado vou sair com o gatito burro
como uma porta (sério, isso não é preconceito, ela já respondeu em sala de
aula, plena prova oral, que Via Láctea é uma marca de chocolate) e acho que só
nesse dia vou voltar a escrever em você, tenho preguiça de fazer isso todo dia.
Enfim, acho que vou dormir, se bem que amanhã tem aula do Júlio, ou seja, posso
dormir mais tarde e o resto compenso na aula \o/ adoro as aulas dele.
Tchauzinho baby, até sábado! Xoxo.”
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
Amanhã pode ser tarde...
Li esse texto em uma Fanfic há uns cinco ou seis anos, e ele sempre me tocou de uma forma diferente, enfim, espero que gostem tanto quanto eu :p
AMANHÃ PODE SER
TARDE...
Ontem?... Isso faz tempo! Amanhã?... Não nos cabe saber...
Amanhã pode ser tarde para você dizer que ama, para você dizer que perdoa, para você dizer que desculpa, para você dizer que quer tentar de novo.
Amanhã pode ser muito tarde para você pedir perdão, para você dizer: “Desculpe-me, o erro foi meu!...”
O seu amor, amanhã, pode já ser inútil;
O seu perdão, amanhã, pode já não ser preciso;
A sua volta, amanhã, pode já não ser esperada;
A sua carta, amanhã, pode já não ser lida;
O seu carinho, amanhã, pode já não ser mais necessário;
O seu abraço, amanhã, pode já não encontrar outros braços...
Porque amanhã pode ser tarde... muito tarde!
Não deixa para amanhã para dizer:
Eu amo você! Estou com saudades de você! Perdoe-me! Desculpe-me!Esta flor é para você! Você está tão bem!...
Não deixa para amanhã o seu sorriso, o seu abraço, o seu carinho, o seu trabalho, o seu sonho, a sua ajuda... Não deixa para amanhã para perguntar:
Por que está tão triste? O que há com você?
Ei!... Venha cá, vamos conversar... Cadê o seu sorriso? Ainda tenho chance?... Já percebeu que eu existo? Por que não começarmos de novo? Estou com você. Sabe que pode contar comigo? Cadê os seus sonhos? Onde está a sua garra?
Lembre-se: Amanhã pode ser tarde... Muito tarde!
Procure. Vá atrás! Insista! Tente mais uma vez!
Só hoje é definitivo!
Amanhã pode ser tarde...
Ontem?... Isso faz tempo! Amanhã?... Não nos cabe saber...
Amanhã pode ser tarde para você dizer que ama, para você dizer que perdoa, para você dizer que desculpa, para você dizer que quer tentar de novo.
Amanhã pode ser muito tarde para você pedir perdão, para você dizer: “Desculpe-me, o erro foi meu!...”
O seu amor, amanhã, pode já ser inútil;
O seu perdão, amanhã, pode já não ser preciso;
A sua volta, amanhã, pode já não ser esperada;
A sua carta, amanhã, pode já não ser lida;
O seu carinho, amanhã, pode já não ser mais necessário;
O seu abraço, amanhã, pode já não encontrar outros braços...
Porque amanhã pode ser tarde... muito tarde!
Não deixa para amanhã para dizer:
Eu amo você! Estou com saudades de você! Perdoe-me! Desculpe-me!Esta flor é para você! Você está tão bem!...
Não deixa para amanhã o seu sorriso, o seu abraço, o seu carinho, o seu trabalho, o seu sonho, a sua ajuda... Não deixa para amanhã para perguntar:
Por que está tão triste? O que há com você?
Ei!... Venha cá, vamos conversar... Cadê o seu sorriso? Ainda tenho chance?... Já percebeu que eu existo? Por que não começarmos de novo? Estou com você. Sabe que pode contar comigo? Cadê os seus sonhos? Onde está a sua garra?
Lembre-se: Amanhã pode ser tarde... Muito tarde!
Procure. Vá atrás! Insista! Tente mais uma vez!
Só hoje é definitivo!
Amanhã pode ser tarde...
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