domingo, 26 de junho de 2011

Querer ou não querer?

“Querer ou não querer, eis a questão?”
Quem nunca pensou essa frase? Semana passada uma amiga minha chamou eu e outras garotas para sairmos. Ela estava determinada a ir nem que fosse sozinha. A maioria das meninas deu uma resposta negativa, só eu e outra dissemos sim. No fim essa outra menina desistiu também, sobrando apenas minha pessoa, que já estava meio incerta sobre ir ou não. Na sexta a noite eu já tinha decidido que não ia, mas essa amiga ligou e começou a planejar a noite. Eu acabei concordando em ir, mas ainda tinha aquela pulga atrás da orelha, afinal nós não somos muito intimas sacas? Mas eu também acabei ficando um pouco animada em ir. E fui. E não em arrependi, foi ótimo. No fim, o que eu quis dizer com essa história foi: há vezes em que perdemos ótimas oportunidades por meros detalhes ou puro pessimismo. Eu nunca fiz isso (até porque se fosse fazer eu nunca mais saia da cama), mas uma vez uma amiga minha faltou aula porque estava com uma espinha. Certo que na época eu entendi, apesar de ter achado um absurdo, ela ainda era nova devia ter uns onze ou doze anos. Mas suponha que essa menina cresceu (tá, isso não precisa supor, ela cresceu mesmo) e continua com a mesma atitude, em algum compromisso que ela, porventura, falte por um motivo bobo pode estará o amor da vida dela, a melhor experiência da vida dela, a chance da vida dela, enfim, é muito a perder por tão pouco. Isso pode parecer meio fantasioso, estar no lugar certo, na hora certa, mas quem garante que algo de emocionante não vai acontecer? A vida é cheia de surpresas e isso é uma coisa que nem um cético pode negar (ou talvez possa). Mas vá com calma, toda regra tem sua exceção, não quer dizer que você vai dizer “sim” pra tudo, pode acabar dando errado (quer uma prova? Assista ao filme Sim, senhor). A questão não é se abrir completamente para o mundo, mas sim, não se fechar. Permita-se viver desde que aquilo não prejudique a ninguém. Minha conclusão é: se você se permitir viver e não arranjar desculpas quando uma coisa não é exatamente como você quer, você pode ter uma ótima surpresa no fim.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Minha simples definição.

Uma vez me perguntaram (indiretamente) o que é o amor. Afinal, o que é o amor? O que é esse sentimento? Ele é puro, inocente, carnal e pecador. Ele arrepia, acelera e treme, mas o amor não é aquele turbilhão de sensação que caracteriza a paixão, ele é mais calmo, mais dócil, mais carinhoso. O amor é o que evolui da paixão, é o carinho infinito, a vontade de estar perto e poder fazer essa pessoa feliz. É a vontade de querer bem, de sentir alívio e proteção, é sentir anseio, dor e saudade. O amor não tem um padrão, ele simplesmente existe em cada um, de cada jeito. O amor não se escolhe, simplesmente se sente. No final, amor não tem definição, é a simples vontade de fazer carinho, desejar “bom dia” todos os dias, comemorar vitórias unidos, lamentar vitórias juntos, é  apenas a vontade de amar e continuar amando.   :D

quinta-feira, 16 de junho de 2011

A carta.

Tava com essa ideia na cabeça faz um tempo. Que esteja bom, ;; Antes que outra pessoa me pergunte, quando o pai dele respondeu ele ainda tava no hospital, doente de alguma coisa grave (que eu não faço ideia do que seja) e em estado terminal, ele não ia voltar pra casa.


A carta.

Oi papai!
A mamãe disse que você viajou de férias, e que não vai mais voltar. Mas quer saber? Eu não acredito nela. Lembra daquele dia no hospital? Você prometeu que ia voltar pra casa e eu acredito em você. Papai, você lembra de um menino da minha sala que vivia me batendo? Você ficaria orgulhoso, por que hoje eu não deixei, mas também não bati nele, foi tão legal papai, eu ganhei até um beijo de uma menina. Papai, a professora me deu um doce porque eu fiz minha tarefa sozinho, ela disse que eu era inteligente. Você me acha inteligente papai? Pai, eu tô com saudades, quando você vai voltar? E por que você não levou a mamãe e eu? Ela disse que você foi descansar em paz, eu perguntei a ela se você teve que ir porque eu fazia bagunça de mais, ela disse que não foi culpa minha, mas eu acho que foi sim. Você sempre reclama das minhas brincadeiras. Pai, se você voltar eu prometo que não faço mais bagunça, eu prometo que vou deixar você descansar. Você lembra que me prometeu me ensinar a fazer uma pipa? Eu aprendi sozinho, mas eu não vou soltar sem você. A mamãe disse que eu vou ter que soltar pipa sem você, ela tava chorando papai, eu perguntei o que aconteceu e ela disse que eu não entenderia, mas quando eu entendesse, ia doer muito. Mas eu não quero que doa papai, você vai cuidar de mim?

Eu te amo papai, volta logo!


A resposta.

Oi meu filho!
Me entristece saber que você não acredita na mamãe, mas o que mais machuca é saber que ela está falando a verdade. Eu não vou voltar meu filho, mas acredite em mim, não é por que não quero, mas sim por que não posso. Nem sempre podemos cumprir as promessas que fazemos. Estou orgulhoso, sim, de você, acho ótimo que você já possa se defender sozinho. Tão pequeno e já faz sucesso com as meninas, imagina quando crescer?! É claro que eu te acho inteligente, talvez até mais do que eu. Me desculpa meu filho, mas onde o papai está não é lugar para as pessoas que amamos. O coração do papai dói meu amor, e nada disso é culpa sua, nunca pense que você teve algo a ver com isso, as suas brincadeiras eram as melhores partes do dia amigão. Fico orgulhoso em saber disso, mas você terá de empinar pipa com a mamãe. Filho, quando você entender o que está havendo, você vai saber por que a mamãe chora e por que eu não vou mais voltar, mas não fique triste, está bem?! Não importa como, eu sempre vou cuidar de você.
Esse é a última coisa que o papai vai poder te dizer, então cuida da mamãe pra mim, tá bom?! Ela também te ama muito. Com todo o meu amor, eu te amo filhão.