quarta-feira, 9 de outubro de 2013

A velha rotina

Dessa vez meu post começa sem desculpas, há! Nada dramático, nem sentimental demais :p só uma ideia que me ocorreu, e fazia tempo que eu não botava uma ideia em prática assim ^^
 


Hoje eu comecei a ler o livro De volta aos quinze (da minha linda Bruna Vieira), e de cara vi que a personagem é parecida com muitas pessoas que eu conheço, enfrentou muitas coisas que não gosta para chegar a um lugar que definitivamente não é o de seus sonhos, e que cada dia ela tem menos vontade de levantar da cama e encarar a vida. Eu poderia dizer que sou assim também, mas não consigo mentir, embora alguém possa dizer que estou mentindo. Eu já tive períodos em que não queria mesmo sair da cama, ir ao colégio era um sacrifício e eu odiava ter que estar acordada em casa, e foi aí que eu resolvi mudar. Ninguém acreditava nisso, foi quando eu decidi ir morar em São Paulo, mas eu fui, dei a cara a tapa.

            Não foi exatamente a experiência mais bem sucedida da minha vida, mas eu não diria que não deu certo, deu certo enquanto durou. Depois de lá, eu vim morar com minha irmã, e o resto de sua família. Yohanna, a intrusa. Sim, mais uma vez dei a cara a tapa. E sabe por que eu ainda estou aqui depois de 1 ano e alguns meses? Porque, enfim, eu achei um lugar em que eu me senti à vontade. Que ironia. Mas não deixa de ser verdade. Tirando uma situação ou outra que me fizeram querer virar parte dos lençóis pra nunca mais ter que sair da cama, tipo desilusões amorosas (nem precisava desse plural, foi só uma mesmo), eu sempre levantei disposta a encarar um novo dia.

            Minha faculdade ajuda, apesar de eu não ser uma aluna muito aplicada e não gostar muito de algumas aulas, eu adoro estar lá. Seja por causa dos meus amigos, ou do curso, eu gosto da ideia de estar lá todas as noites e às vezes não me pergunto se foi o destino que me levou até lá, afinal, resolvi de última hora, e de lá pra cá, muita coisa aconteceu e eu podia muito bem ter desistido e mudado de faculdade. Mas o laço emocional que eu criei lá não deixa, enfim, fazer o quê. O que quis dizer com tudo isso foi que sempre que algo me deixava deprimida, e acredite, eu já achei muita coisa assim, eu procurava uma forma de mudar, e talvez nem precisasse ser sempre de cidade, às vezes uma pequena mudança já faz diferença. Talvez o curso, talvez o trabalho, talvez até o ônibus que você pega pra chegar ao seu destino diário.

            O problema de muitas pessoas é se acomodar. Não, não é nem um pouco fácil mudar, às vezes é muito arriscado, às vezes dá errado, mas, digo como a pessoa que já mudou de casa 4 vezes, pode acabar valendo a pena. Muito a pena. Eu achei meu lugar por enquanto, o lugar onde eu não tenho minha própria cama, quem dirá meu próprio quarto, mas eu tenho minha própria identidade, onde eu gosto das pessoas e elas parecem gostar de mim, onde não é ruim ter que ficar em casa, onde não passo dias chorando como no meu aniversário de 17 anos. Falei demais, mas que seja, eu sempre faço isso. Sabe aquela expressão, deu a cara a tapa? Pois é, disponha sua face para isso, o tapa dói, arde, fica vermelho, mas passa, e quem sabe as consequências não fazem a dor valer a pena? É difícil mudar, e talvez você não vá fazer isso, mas eu quero deixar uma pergunta na sua mente: o que é mais difícil, mudar, ou continuar levando uma vida infeliz e sem ânimo? Faça sua escolha e seja feliz com ela.
 
 

Um comentário:

  1. E vc não larga mais a gente... <3 Pode até colocar Brasil no nome. hahaha

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