“Nada contra você ser gay, mas...”, “nada contra você ser
ateu, mas...”, “nada contra você ter tatuagens, mas...”
Com quantas frases desse tipo nos
deparamos todos os dias? Eu não sei você, mas eu as escuto muito, mesmo que não
ditas desse jeito, e sinto uma grande vergonha alheia por isso, principalmente
quando a pessoa se enche de orgulho ao dizer que não é uma pessoa
preconceituosa. Abra os olhos e veja que todo mundo, TODO MUNDO, tem
preconceito. Isso mesmo, desculpe acabar com seu mundo utópico e perfeito, mas eu tenho preconceito,
você tem preconceito, seu vizinho tem preconceito...
O que
de fato me incomoda não é isso, é simplesmente você se fechar para o mundo por
causa de um preconceito. Eu já fiz isso, já tratei mal pessoas que não mereciam
por causa deste bendito pré-julgamento, e me arrependo profundamente, mas isso
me ensinou a não me achar superior a ninguém, a me ter como uma pessoa
diferente, mas não melhor, muito menos pior que os outros.
Hoje em dia, conheço pessoas muito
diferentes de mim, que há alguns anos, eu tentaria manter distância, talvez até
por vergonha do que fossem falar, e gosto tanto delas, mas tanto, que me sinto
a ser humana mais imbecil do mundo por um dia tê-las julgado mal, por ter mantido distância quando a proximidade é tão boa.
Te faço um pedido: sempre que esse
sentimento atacar, coloque-se do outro lado da moeda, no lugar da pessoa, tente
entender que mesmo diferente, ela também é gente, ela também sente dor, amor,
paixão, tristeza. Entenda, características diferentes é o que mais temos em
comum, não o contrário.
Enfim, não sou boa em fazer
textos curtos, mas tentei nesse aqui, e espero ter passado o que queria.