sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

4- Diário de uma garota desastrada.




“Heey brother! Tenho babados pra contar e altos micos pra confessar. Hoje, como eu já tinha dito que ia acontecer, o Kauã veio pra cá pra gente começar a fazer o trabalho. Foi um perfeito... Desastre. Na hora em que ele chegou, nós fomos pra mesa da sala, que quase nunca ninguém usa, mas tudo bem né, afinal era só uma mesa. Quando ele colocou seu material sobre ela, escutei um rangido, mas ignorei, o que foi um erro horrível, pois quando joguei mesmo livros lá, a tampa da mesa cedeu, espatifando absolutamente tudo no chão, incluindo minha cara.  Ainda tive que lidar com a vergonha de ele me ajudar a limpar a bagunça. Até aí até que dava pra levar de boa, afinal, um desastre pode acontecer de vez em quando né?! Mas eu esqueci do fator azar, meu segundo nome. Depois de arrumar a bagunça, fomos pra mesa da cozinha, a qual me certifiquei de que não desabaria a qualquer momento, e começamos o trabalho. Como eu estava com fome, quase uma hora depois de começarmos o trabalho, resolvi fazer pipoca. Outra ideia não muito boa. Enquanto eu colocava o milho na panela, Kauã achou uns vídeos engraçados e começou a ver, até que um me chamou a atenção e corri pra ver também. Em meio a crises de riso com direito a eu encostar minha cabeça na dele enquanto ria, ele me alertou que sentia cheiro de queimado. “AS PIPOCAS!” Você deve ter imaginado como esse grito soou né? Não sobrou nada além de um monte de pequenos carvões que um dia foram lindas pipocas. Uma verdadeira chacina de pipoca. Uma pipochina! Pipochina foi péssimo, horrível mesmo. Enfim, depois desse desastre, resolvemos comer biscoito com Coca-cola mesmo. O que também não foi uma ideia brilhante, pois a garrafa da Coca era daquelas retornáveis, de vidro, e eu sou meio que... Desastrada. Já devem imaginar o resultado né? Eu + esfregão + váários cacos de vidro jogados pelo chão = crise de riso inevitável por parte do palhaço que estava só sentado assistindo a tudo. Depois de tudo limpo, fomos para o meu quarto, já que a cozinha estava molhada, e a sala sem mesa. Sentados em minha cama, com apenas o notebook entre nós, quase acabando o bendito trabalho, teve uma hora em que nossas mãos se tocaram sem querer, mas continuaram se tocando por muito querer. Olhei nos olhos dele e ele, nos meus. Fomos nos aproximando aos poucos... Senti sua respiração junto a minha... A porta se abriu... Minha mãe entrou no quarto gritando sobre os tampões (palavras dela) que eu havia comprado pra ela, pois eram muito pequenos... MAGNIFICAMENTE LINDO! AAAAAAAAAAAAAAAAH!!!! Depois de eu quase enfiar a cara no chão e a  mão na cara dela (lógico que nunca faria isso, pois ela enfiaria um sapato em mim num canto que prefiro não comentar), me desculpei com Kauã que ria descontroladamente e o mandei embora. Que tragédia de dia. Vou dormir enquanto ainda não me matei. Se bem que aquele quase beijo me deixou bem empolgada em rever o Kauã,  e depois que eu contei tudo pra Mara e pra Léia, elas me disseram que ele está apaixonadíssimo por mim, até comentou isso com um primo do vizinho do melhor amigo do ficante da Léia, que por coincidência contou pro seu vizinho, que contou pro melhor amigo, que contou pro Juca, ficante dela. Parece bem verídico pra mim. Enfim, isso é assunto pra amanhã. Adeus! Até depois. Xoxo.”

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