“Heey brother! Tenho babados pra contar e altos micos pra confessar.
Hoje, como eu já tinha dito que ia acontecer, o Kauã veio pra cá pra gente
começar a fazer o trabalho. Foi um perfeito... Desastre. Na hora em que ele
chegou, nós fomos pra mesa da sala, que quase nunca ninguém usa, mas tudo bem
né, afinal era só uma mesa. Quando ele colocou seu material sobre ela, escutei
um rangido, mas ignorei, o que foi um erro horrível, pois quando joguei mesmo
livros lá, a tampa da mesa cedeu, espatifando absolutamente tudo no chão,
incluindo minha cara. Ainda tive que
lidar com a vergonha de ele me ajudar a limpar a bagunça. Até aí até que dava pra
levar de boa, afinal, um desastre pode acontecer de vez em quando né?! Mas eu
esqueci do fator azar, meu segundo nome. Depois de arrumar a bagunça, fomos pra
mesa da cozinha, a qual me certifiquei de que não desabaria a qualquer momento,
e começamos o trabalho. Como eu estava com fome, quase uma hora depois de
começarmos o trabalho, resolvi fazer pipoca. Outra ideia não muito boa.
Enquanto eu colocava o milho na panela, Kauã achou uns vídeos engraçados e
começou a ver, até que um me chamou a atenção e corri pra ver também. Em meio a
crises de riso com direito a eu encostar minha cabeça na dele enquanto ria, ele
me alertou que sentia cheiro de queimado. “AS PIPOCAS!” Você deve ter imaginado
como esse grito soou né? Não sobrou nada além de um monte de pequenos carvões
que um dia foram lindas pipocas. Uma verdadeira chacina de pipoca. Uma
pipochina! Pipochina foi péssimo, horrível mesmo. Enfim, depois desse desastre,
resolvemos comer biscoito com Coca-cola mesmo. O que também não foi uma ideia
brilhante, pois a garrafa da Coca era daquelas retornáveis, de vidro, e eu sou meio
que... Desastrada. Já devem imaginar o resultado né? Eu + esfregão + váários
cacos de vidro jogados pelo chão = crise de riso inevitável por parte do
palhaço que estava só sentado assistindo a tudo. Depois de tudo limpo, fomos
para o meu quarto, já que a cozinha estava molhada, e a sala sem mesa. Sentados
em minha cama, com apenas o notebook entre nós, quase acabando o bendito
trabalho, teve uma hora em que nossas mãos se tocaram sem querer, mas
continuaram se tocando por muito querer. Olhei nos olhos dele e ele, nos meus.
Fomos nos aproximando aos poucos... Senti sua respiração junto a minha... A
porta se abriu... Minha mãe entrou no quarto gritando sobre os tampões
(palavras dela) que eu havia comprado pra ela, pois eram muito pequenos...
MAGNIFICAMENTE LINDO! AAAAAAAAAAAAAAAAH!!!! Depois de eu quase enfiar a cara no
chão e a mão na cara dela (lógico que
nunca faria isso, pois ela enfiaria um sapato em mim num canto que prefiro não
comentar), me desculpei com Kauã que ria descontroladamente e o mandei embora.
Que tragédia de dia. Vou dormir enquanto ainda não me matei. Se bem que aquele
quase beijo me deixou bem empolgada em rever o Kauã, e depois que eu contei tudo pra Mara e pra
Léia, elas me disseram que ele está apaixonadíssimo por mim, até comentou isso
com um primo do vizinho do melhor amigo do ficante da Léia, que por coincidência
contou pro seu vizinho, que contou pro melhor amigo, que contou pro Juca,
ficante dela. Parece bem verídico pra mim. Enfim, isso é assunto pra amanhã.
Adeus! Até depois. Xoxo.”
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