sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

5- Diário de uma ex-solteira nonsense.

Bem, esse é o último capítulo e eu amei fazer essa minisérie! Agradeço do fundo da alma a quem leu e espero que tenham se divertido lendo, como eu me diverti fazendo :D despedidas sempre são tristes :(



“OI, AMOR DA MINHA VIDA! Acho que essa é a última vez que escrevo aqui, achei uma pessoa que me escuta sem aquela cara de ai-que-tédio-o-que-vai-ter-no-jantar. Adivinha quem é? Adiviiiiinha! Lógico que você não vai adivinhar, é apenas um caderno sem vida. Mas enfim, meu... Peraí! Tenho que falar devagar... N-A-M-O-R-A-D-O! Isso mesmo! Euzinha, ex-encalhada de carteirinha, estou NA-MO-RAN-DO! A primeira vez em dezesseis! Tô tão feliz. Mas deixa eu começar do começo: hoje de manhã, quando acordei, lógico que a primeira coisa que fiz foi dar aquela checadinha básica no celular, pra saber se tem alguma novidade. E tinha. Era uma mensagem do Kauã dizendo que queria conversar comigo depois da aula. Nem preciso dizer que isso me acordou mais do que qualquer ducha gelada né?! Pois bem, quando fui pra escola, encontrei a Mara no caminho. Mostrei à ela a mensagem e ela pulou ao meu redor gritando: tá namorando, tá namorando! Linda ela. Ignorei esse gesto até chegarmos à escola, quando dei um perdido nela e corri para o banheiro. Me analisei  no espelho e concluí que o Kauã tinha que ser louco pra não gostar de mim, auto estima lá em cima, e modéstia lá na China. Fui pra sala e dei de cara com Leandro parecendo um poço de ciúmes,  mostrando que todos os meus amigos já sabiam da mensagem que recebi hoje pela manhã. Ele disse algo sobre quebrar a cara do sujeito se ele me machucasse e tal, tanto que tive de lembrá-lo que Kauã também era seu amigo.  Depois de ele se acalmar, chegaram Léia, Márcia e Marta me desejando felicidades e tudo de bom. Quando a quinta pessoa chegou me dizendo isso, explodi pra sala inteira que eu não estava namorando com ele, que a gente só ia conversar depois da aula! Mas como meu primeiro nome é muita, e o sobrenome é desgraça, o outro protagonista do não-namoro acabara de entrar na sala quando comecei a gritar, e só me dei conta quando todos me olharam como se fosse um ornitorrinco do avesso. Ele apenas sorriu pra mim e sentou duas cadeiras de distância. É, minha auto estima murchou na hora, eu tinha certeza que qualquer coisa que ele pudesse querer ter comigo, havia se dissolvido diante da acidez de minhas palavras. Simplesmente perfeito. Já estava até pensando em criar um lema pra não me sentir tão forever alone nas minhas noites de sábado em casa assistindo O Melhor do Brasil, tipo, Solteira sim! Offline nunca. Ou até Os solteiros um dia dominarão o mundo. Ou algo assim. Até fiz uma lista com as vantagens de ser solteiro pra sempre: número um: não gasto dinheiro com casamento. Número dois: sem cabelos brancos tão cedo, afinal não teria um gordo deitado no sofá vendo jogo e me pedindo cerveja enquanto não teria força nem pra mudar o canal da tevê. Não vou listar o resto agora, talvez escreva depois. Quando o momento mais tenso daquele dia chegou,o fim da aula, me perguntei se devia mesmo esperar pra ouvir um: vamos ser amiguinhos!, ou ia pra casa chorar e comer chocolate, Alpino de preferência. Resolvi esperar, pelo menos eu ia ter o que escrever aqui depois. Ele apareceu e me chamou prum canto meio escondido, meio “lugar perfeito pra um assassinato”, da escola. Fiquei até com medo disso. O discurso começou da forma que eu esperava, listando minhas qualidades infinitas: você é uma garota especial, bonita, engraçada, azarada (palhaço), mas... E na hora desse “mas”, meu caro, eu me preparei pra ser o maior exemplo de friendzone que aquela escola já conheceu. Mas não aconteceu, as palavras exatas que eu escutei foram: mas eu cansei de ficar só admirando essas qualidades de longe, quero que elas, e sua dona, sejam minhas. Eu fiquei meio assim: :O como? Onde? Quem? Até olhei pra trás pra saber se ele tava mesmo falando comigo, mas quando virei minha cabeça de volta, constatando só ter eu ali, recebi aquele beijo que ontem ficou a desejar. Só que meus amados amigos, lindos e fofos, pularam do nada (vieram do além, só pode), gritando e batendo palmas. Depois quem gritou fui eu, assustada, arregalando os olhos, e Kauã gritou também, porque na hora do susto, e o mordi com uma força considerável, tirando até um pouco de sangue de seu lábio inferior. Pedi desculpas 187372 e tive certeza absoluta de que aquele pedido seria retirado e ele ia achar pra sempre que eu era a maior BV da paróquia. Mas não, meu fofo (FOFO) só fez rir e me beijar novamente. Saí da escola voando, parecia que eu andava numa nuvem, só que uma mão me segurava próxima ao chão, a do MEU NAMORADO (que sensação linda escrever isso). Mara me ligou assim que chegou em casa me perguntando como foi a despedida quando ele me deixou na porta de casa, se teve mão na bunda, se ele tinha pegada, se ele tinha o hálito gostoso, se o céu tava sem nuvens ou nublado... Respondi cada pergunta com um lindo sorriso e... Espera, o Kauã tá me ligando. Acho que isso é uma despedida :/ isso merece até uma carinha triste: :(. Bom, caso ocorra algo extremante bom, eu te conto, juro. Obrigada por me ouvir, atenciosamente Analice. Ah, xoxo.” 

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