sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Insegurança.


Cara , não faço ideia do que seja isso '-' um conto? Uma crônica? Uma baboseira? Me diz aí...

Não tem sensação pior no mundo do que sonhar que está caindo. Eu sonhava isso com muita frequência, meu avô costumava dizer que era sinal de insegurança. Até que eu acreditava, afinal, nunca fui uma pessoa muito segura (lê-se MUITO insegura), mas nunca me aprofundei no assunto. A sensação de desespero, acordar no susto agarrando os lençóis da cama, ou então pulando levemente. É, nada agradável. O pior, é que mesmo sabendo que é um sonho, eu não consigo deixar de ficar assustada depois de acordar, demoro um pouco pra me recompor. Naquele dia, me lembro bem, tive um sonho desses, nem havia dormido direito, apenas levemente, e dei o famoso pulinho, tendo a sensação de cair.
                -Tudo bem? O que foi?
                E eu então despertei assustada, lógico.
                -Tudo bem.
                -Sonhou que tava caindo?
                -Sim.
                Ele apenas me apertou em seus braços mais um pouco, e eu apertei ainda mais o braço que estava em sua cintura. Percebi que meu susto, por mais pleonástico que pareça, devia tê-lo assustado, já que minha perna que mais mexeu quando despertei, estava por cima das deles. Só que mesmo depois daquele sonho, tive a sensação de segurança, seus braços me envolvendo de forma carinhosa me davam a sensação de conforto que não sentia desde criança. Pelo menos por aquela noite, acreditei que não me sentiria tão insegura de novo, que seus braços, ou só a lembrança deles, me reconfortariam quando eu precisasse. Braços esses que luto pra esquecer. Lembranças essas que luto pra guardar no fundo da memória até que meu coração pare de acelerar quando vejo seu nome. Pessoa essa que luto pra tentar deixar de gostar como mais que amigo. Passamos boa parte daquela madrugada acordados, até o sono nos vencer, tentei prolongar aquela noite ao máximo possível, com um medo irracional de que acabasse. Mesmo que hoje em dia eu tente esquecer, uma coisa admito: não sonhei mais que estava caindo.

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