terça-feira, 27 de maio de 2014

Do outro lado da moeda

“Nada contra você ser gay, mas...”, “nada contra você ser ateu, mas...”, “nada contra você ter tatuagens, mas...”
Com quantas frases desse tipo nos deparamos todos os dias? Eu não sei você, mas eu as escuto muito, mesmo que não ditas desse jeito, e sinto uma grande vergonha alheia por isso, principalmente quando a pessoa se enche de orgulho ao dizer que não é uma pessoa preconceituosa. Abra os olhos e veja que todo mundo, TODO MUNDO, tem preconceito. Isso mesmo, desculpe acabar com seu mundo utópico e perfeito, mas eu tenho preconceito, você tem preconceito, seu vizinho tem preconceito...
                O que de fato me incomoda não é isso, é simplesmente você se fechar para o mundo por causa de um preconceito. Eu já fiz isso, já tratei mal pessoas que não mereciam por causa deste bendito pré-julgamento, e me arrependo profundamente, mas isso me ensinou a não me achar superior a ninguém, a me ter como uma pessoa diferente, mas não melhor, muito menos pior que os outros.
Hoje em dia, conheço pessoas muito diferentes de mim, que há alguns anos, eu tentaria manter distância, talvez até por vergonha do que fossem falar, e gosto tanto delas, mas tanto, que me sinto a ser humana mais imbecil do mundo por um dia tê-las julgado mal, por ter mantido distância quando a proximidade é tão boa.  
Te faço um pedido: sempre que esse sentimento atacar, coloque-se do outro lado da moeda, no lugar da pessoa, tente entender que mesmo diferente, ela também é gente, ela também sente dor, amor, paixão, tristeza. Entenda, características diferentes é o que mais temos em comum, não o contrário.

Enfim, não sou boa em fazer textos curtos, mas tentei nesse aqui, e espero ter passado o que queria.

Nenhum comentário:

Postar um comentário