Fechei os olhos e me deixei
envolver, me deixei levar. Viajei por aquelas curvas desconhecidas, sinuosas,
atrevidas, que me tragavam pra um mundo que eu tanto gostava. Talvez eu tenha
sorrido ainda de olhos fechados, sentido tantas emoções dentro de mim
borbulharem, era amor e aversão. Tristeza e satisfação. De um extremo ao outro.
Uma suavidade intensa. Insana em plena consciência.
Apertei
os olhos desejando que nunca chegasse ao fim, aquele contato, no final,
pertencia à mim. Ou eu pertencia a ele? Onde a ordem dos fatores não altera o
produto? Estou chegando lá.
Era
como o calor no frio, o gelado no quente, era como pena de um condescendente.
Era poesia, como palavras a acariciarem a pele, como frases que acariciavam o
coração.
Foi
ficando distante, aonde vai? Não acabe
dessa vez, por favor, eu não aguento mais! Mas de súplicas já não queria
mais saber, se foi. Abri os olhos. A música acabou.
Simplesmente Profundo!
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