quarta-feira, 4 de junho de 2014

E se foi

Fechei os olhos e me deixei envolver, me deixei levar. Viajei por aquelas curvas desconhecidas, sinuosas, atrevidas, que me tragavam pra um mundo que eu tanto gostava. Talvez eu tenha sorrido ainda de olhos fechados, sentido tantas emoções dentro de mim borbulharem, era amor e aversão. Tristeza e satisfação. De um extremo ao outro. Uma suavidade intensa. Insana em plena consciência.
                Apertei os olhos desejando que nunca chegasse ao fim, aquele contato, no final, pertencia à mim. Ou eu pertencia a ele? Onde a ordem dos fatores não altera o produto? Estou chegando lá.
                Era como o calor no frio, o gelado no quente, era como pena de um condescendente. Era poesia, como palavras a acariciarem a pele, como frases que acariciavam o coração.

                Foi ficando distante, aonde vai? Não acabe dessa vez, por favor, eu não aguento mais! Mas de súplicas já não queria mais saber, se foi. Abri os olhos. A música acabou.

Um comentário: