quarta-feira, 24 de abril de 2013

A folha do fim (...)


Pois é, inspiração é o que há. Tá meio triste, mas fala de um fim, e quase todos os fins são tristes. Espero que dê pro gasto :p

                Posto-me diante de uma folha em branco, normalmente milhares de idéias fervilham em minha mente, mas hoje, até agora, nada. Já não tenho palavras para me expressar, tudo que havia de ser dito, já foi. Agora não resta nenhuma frase, nenhuma palavra, nenhum som além da minha respiração desregulada. Só restaram pensamentos, lembranças, devaneios, olhares que te suplicam pra não ir, que te imploram por apenas mais alguns minutos assim, como naquela boa lembrança, abraçados, com os batimentos sincronizados, tão rápidos que parecem prestes a explodir. Só que agora, apenas um coração bate mais rápido, desesperado, precisando que o tempo passe para que a dor se atenue, o meu.
                A dor da dúvida martela em sua cabeça, eu sei, mas em mim, ela martela o coração. Dói, mas te ver feliz é meu anestésico, pena que não tão duradouro.
Mas cadê? Cadê seu sorriso? Cadê minha morfina? Não o acho, e cada vez dói mais... Mas um dia passará, assim como tudo na vida, deixando aquelas lembranças boas, aquela sensação de que tudo valeu a pena.
E se um dia quiser unir nossos corações em um só, achará o meu aqui, machucado, com feridas abertas e fechadas, muitas nem culpa sua, mas sorrindo contente ao te ver.


Ass: Sem palavras.

Nenhum comentário:

Postar um comentário