“Hey! Você por aqui, que maravilha! Te
comprei essa semana porque cansei dos meus amigos me chamando de dramática e tal’s,
então resolvi fazer um diário. É, você é meu diário. Nos próximos cinco
capítulos você vai entender um pouco da minha história, e o porquê desse título
pra minha pra ela, espero que se divirta. So, here we go!”
“Boa noite Didi, quando cheguei à
escola hoje e te mostrei pra Mara, minha amiga mais próxima, ela me olhou com
aquela cara de: você tem menos de cinco anos. Mas eu ignorei essa parte. O Kauã
sentou ao meu lado hoje, ele é um fofo, pena que pra ele eu tô na eterna
friendzone. Coisa chata. A gente passou a maior parte da aula conversando, e o
Lúcio de vez em quando pedia silêncio com um olhar fulminante em nossa direção,
não sei exatamente porque, o resto da sala parecia feira livre, acho que até
ouvi alguém gritando que o quilo da maça tava de três reais. Enfim, não gosto
de maça. Na hora do recreio, aquele sem noção lindo do segundo ano veio falar
com a Mara sobre algo que envolvia alguma coisa sobre alguém. Deu pra perceber
que não prestei muita atenção ao que ele disse? Ele é lindo, mas mó galinha, mó
convencido, não me atrai nem um pouquinho, em vez dele, prestei atenção na tia
da cantina, ela mudou a redinha do cabelo por uma rosa choque. Bizarro. Depois
que o sem noção se foi, Mara me contou que ele tava querendo ficar com uma
amiga dela. Eca! E o pior, meu caro, essa amiga era eu! Dá pra acreditar?
Primeiro: não sou dessas estilo líder de torcida pra atrair esse gato, segundo:
uma maça tem mais bom-senso e inteligência. Nossa, como eu falei de maça hoje!
Neguei até minhas forças se esgotarem e ela me convencer a sair com ele pelo
cansaço. Saco. Agora tenho um encontro marcado com o
mala-sem-alça-porém-gatíssimo-do-segundo-ano. O que a gente não faz pelas
amigas. Ah, hoje a noite o Kauã me ligou e eu contei sobre isso do carinha lá
do segundo ano (sério que eu não sei o nome dele?), ele ficou meio irritado,
meio não-sei-aonde-colocar-as-mãos, meio incomodado, e me deu uma desculpa
muito esfarrapada e desligou na minha cara. Homens, hunpf, depois falam que nós
mulheres somos complicadas. Ah, de novo!, aquela metidinha da Alice também o
chamou pra sair. O Kauã, não o menino sem nome. Fiquei, bem, digamos, incomodada
com isso, mas nada de mais, só um pouco como: COMO-É-SUA-VADIA-DE-BEIRA-DE-ESTRADA?
Viu? Normal. Contei pra Mara agora a pouco sobre o telefonema dele e ela falou
que ele tinha ficado com ciúmes, e isso era óbvio. Só não pra mim, porque,
hello-ou, friendzone! Tive de admitir a pequena quedinha que tenho pelo Kauã
pra Mara, ela quase me ameaça com uma faca, super persuasiva. Enfim, essa é
mais uma daquelas histórias que eu sei, você sabe, nós sabemos, não vai dar em
nada, assim como tudo na minha vida amorosa. Sábado vou sair com o gatito burro
como uma porta (sério, isso não é preconceito, ela já respondeu em sala de
aula, plena prova oral, que Via Láctea é uma marca de chocolate) e acho que só
nesse dia vou voltar a escrever em você, tenho preguiça de fazer isso todo dia.
Enfim, acho que vou dormir, se bem que amanhã tem aula do Júlio, ou seja, posso
dormir mais tarde e o resto compenso na aula \o/ adoro as aulas dele.
Tchauzinho baby, até sábado! Xoxo.”
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