sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Grades

Naquela noite, olhei para o horizonte
Distante, como manda a música
Inalcançável, como ditam os poemas
Mas naquela noite parecia incrivelmente...
Impossível
Talvez fossem as grades da prisão
Talvez as grades fossem a vida nos dizendo que não há prisão
Não há prisão maior do que aquela que nós nos condicionamos
Nós escolhemos
Seremos prisioneiros de nós mesmos?
Mas eu não quero assim
Mas vive assim?
Escolha
Escolha se libertar das amarras
Escolha ser livre
Viver
Viver como você é, sem medo
Medo de quê?
O que tanto nos amedronta?
Talvez o medo seja nossa eterna prisão
Mas o que vale a pena nos libertarmos?
O que vale sair do seguro e nos jogarmos no escuro?
O que vale mais do que aquela paz?
Aquela mensagem?
O que vale mais do que o que você sente?
Muita coisa
Mas realmente vale?
E o que sobra?
Você
Seja isso, e nada mais importará
Viva o que sente
E nada mais será tão grande assim
Viva
Seja
Ame
E nada mais será assim
Grade
Prisão
Nada mais será tão ruim
Ame de novo
Seja aquele que quer ser
Escute
Viva
Aprenda
E nada daquilo será novamente
As grades da varanda que te seguram
As prisões da vida
Que te limitam
Eu só quero que vivamos
Com ou sem porquê
Com ou sem motivo
Você sabe que sempre há
Você sabe que sempre estará lá
Então vá atrás
Livre-se delas
Deixe-as para trás
O que mais importa?
Se as grades não te impedem mais
O que mais importa, se livre nós estamos?
O que mais importa se as grades não existem mais?

Livre-se, viva, ame, e nunca mais será refém de si mesmo.

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