Muito prazer, meu nome é...?
Otária? Yohanna? Indecisa? Sofredora? Boba? Chata? São tantos adjetivos, tantas
formas de me chamar, que às vezes esqueço qual é a correta. Mas poxa, quem sou
eu? Será que eu já soube?
Estava
na parada de ônibus hoje, quando observei uma borboleta voando através da
avenida para chegar ao outro lado. Em meio a tantos carros em alta velocidade,
tanta pressão do ar sobre ela, suas asinhas pequenas ainda lutavam contra a corrente
para chegar ao outro lado. Ela sabia pra onde ia, pra onde tinha que ir. Ela
devia saber quem era. Privilégio de seres não pensantes. Já eu não sabia pra
onde tinha que ir, ou pra onde queria ir, eu só ia entrar no ônibus provavelmente
lotado, rumo ao lugar onde me diziam que era corretor ir, e todas as minhas
dúvidas e incertezas iriam comigo, quer eu seguisse aquele caminho ou não, quer
eu pegasse a 06 ou o Conjunto Ceará/Aldeota.
E o que
eu podia dizer que realmente sabia? Acredito que minha única certeza é a
dúvida. Fui tecida por várias pessoas diferentes, alguns pedaços foram feitos
por mim mesma, mas sempre com um toque alheio. Talvez cada fio que se enrosca e
forma essa colcha de retalhos de 19 anos de idade traga um questionamento com
ele. Inclusive se essa analogia foi bem empregada. Talvez. Aqui está uma
palavra que eu gosto: talvez. É o delicioso sabor da incerteza, que tanto
amarga quanto atiça. Mas até o mais doce dos remédios vira veneno em dose
exagerada. E quem pode dizer que estou certa?
Errada,
errante, ultrapassada ou sempre um passo adiante? Quantos pontos de
interrogação são necessários pra se formar uma certeza? Quanta sabedoria é
necessária pra se acabar com a felicidade? Quantos questionamentos são precisos
pra acabar com a paciência de quem responde? Quantas pontuações são usadas pra
me fazer? Vários pontos finais, interrogativos, que exclamam, ou deixam a
dúvida no ar...
Que
posso dizer, além de muito prazer, meu nome é você quem decide, pois eu ainda
não achei um resposta que agradasse a todos.
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